O Exército da Rússia intensificou seus ataques na cidade de Mariupol, localizada no sul da Ucrânia. A ofensiva ocorre um dia depois de bombardeios russos atingirem uma maternidade do município. De acordo com as autoridades ucranianas, pelos três pessoas morreram e 17 ficaram feridas.
Mariupol. Direct strike of Russian troops at the maternity hospital. People, children are under the wreckage. Atrocity! How much longer will the world be an accomplice ignoring terror? Close the sky right now! Stop the killings! You have power but you seem to be losing humanity. pic.twitter.com/FoaNdbKH5k
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 9, 2022
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, disse nesta quinta-feira, 10, que a maternidade era um alvo legítimo, pois era controlada por milícias radicais. “As mulheres que iam dar à luz, as enfermeiras e o pessoal de apoio haviam sido retirados”, explicou o chanceler russo, após encontro com seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba.
O prefeito de Mariupol, Vadym Boychenko, discorda de Lavrov. “É uma mentira total”, rebateu. “Tudo aquilo que foi dito, cada palavra, não é verdade.”
Na esteira da ofensiva russa, a Ucrânia retomou os esforços para evacuar civis das cidades que se tornaram alvo do Kremlin. Kiev informou que pelo menos 35 mil pessoas escaparam pelos corredores humanitários, organizados no início desta semana para reduzir o número de mortes de inocentes.
Segundo Boychenko, os bombardeios russos deixaram Mariupol, cidade com mais de 400 mil habitantes, sem comida, água potável e eletricidade. O prefeito disse ainda que mais de 1,2 mil civis morreram em razão dos ataques. “Eles estão destruindo nosso país”, lamentou.
Com informações do jornal The Wall Street Journal
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