O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo afirmou nesta terça-feira, 15, que a tensão entre Rússia e Ucrânia e a possibilidade de invasão do território ucraniano pelas tropas russas vêm atendendo aos interesses do regime liderado pelo presidente Vladimir Putin.
Segundo o ex-chanceler do governo brasileiro, a Rússia não precisa de um conflito armado para alcançar seus objetivos estratégicos na região.
As declarações foram dadas durante entrevista ao Opinião no Ar, da RedeTV!. O analista, escritor e jornalista Bernardo Küster também participou do programa.
“Está sendo uma crise muito boa para a Rússia, que vem colocando pressão sobre a Europa através da Ucrânia. Com isso, eles mostram que, por mais que haja um recuo de tropas, a pressão continua”, avalia Araújo. Pode tirar as tropas agora e colocar lá de novo daqui a dois anos. A Ucrânia e outros países que pudessem entrar na Otan provavelmente não o farão.”
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Segundo o ex-ministro das Relações Exteriores do governo do presidente Jair Bolsonaro, “é a Rússia que determina o futuro geopolítico daquela região”. Araújo disse ainda que “é muito remoto o risco de uma guerra catastrófica nuclear” neste momento. “A Rússia não precisa de uma guerra para atingir seus objetivos. Ela já está ganhando terreno sem disparar um tiro”, afirmou.
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Visita de Bolsonaro à Rússia
Durante a entrevista, Ernesto Araújo fez críticas ao comportamento da diplomacia brasileira em relação à escalada nas tensões entre Rússia e Ucrânia. Para o ex-chanceler, o Brasil tomou uma posição favorável aos russos, quando deveria ter mantido neutralidade.
“A Ucrânia, que é um país amigo do Brasil, está sendo novamente ameaçada de ter seu território desmembrado”, afirmou. “Infelizmente, o Brasil não está demonstrando neutralidade, mas uma preferência pela Rússia com essa viagem do presidente Bolsonaro. Neutralidade é você visitar os dois lados do conflito, e não um”, completou.
“Temos de tomar muito cuidado com isso. Estamos fazendo parte de um esquema que não sabemos exatamente qual é, fazendo parte de uma estratégia russa”, concluiu o ex-ministro.
O Ernesto Araújo ainda está no “Exteriores”!
Ministro, continue o bom combate.
Araujo seu comentário me lembrou uma frase do saudoso Nelson Rodrigues que dizia :
Os idiotas vão tomar conta do mundo, não pela capacidade, mas pela quantidade, pois eles serão muitos .
A fala desse ex não parece coerente. Fico contente, pois até eu me senti com habilidades para ser um agente diplomático .
Este aí virou um ressentido e não se recuperou até hj de sua saída do governo, a solução então e cancelar a visita ao qual foi convidado ?
Ernesto tem bebido o que? O cara sabe que a visita à Rússia está agendada desde antes destas intrigas! Acha que se cancelasse não iria causar mal estar do Brasil com a Rússia?
Esse cara mostrou toda sua incompetencia qdo foi ministro. Foi demitido com toda razao.
O Brasil tem uma fronteira norte com a Venezuela muito sensível .
E a Rússia que orienta e alimenta a estrutura militar da Venezuela em treinamento e manutenção , ter a Rússia olhando para o Brasil como um não inimigo é fundamental para a paz na fronteira norte e o não start de uma guerra híbrida por parte da equipe cubana e chavista aqui dentro , somente a Rússia tem o poder de evitar e segurar aqueles lados .
Além do mais temos a questão do fosfato da Rússia e Bielo Rússia , fornecedores que devem continuar com o fluxo contínuo para nossa agricultura base de nossa economia .
O Marrocos outro grande produtor tem fortes compromissos com os EUA e Europa e poucos laços conosco ainda .
Então trata se de manter a casa em ordem e produzindo .
Ninguém está vendo isto ou poucos estarem falando sobre isto me surpreende .
Esse Ernesto Araújo acaba de demostrar com essa crítica, o quanto foi bom para a diplomacia brasileira a sua saída. Até um ex-chanceler que foi motorista do Marighela disse que o Presidente não poderia cancelar essa visita marcada muito antes do atual conflito. Esse aí era um desconhecido que se tornou chanceler graças ao PR e soube ser grato, como se vê.
Mais um ressentido. Bolsonaro com sua visita acabou conseguindo a paz na região. Isto sim é diplomacia.
Putz!!!