O homem preso no último domingo, 15, pela tentativa de assassinar o ex-presidente norte-americano Donald Trump foi identificado como Ryan Wesley Routh, de 58 anos.
Analisando suas postagens nas redes sociais, é possível traçar um perfil ideológico do criminoso. Ao comentar o atentado contra Trump durante um comício na Pensilvânia, em 13 de julho, ele convidou Joe Biden e Kamala Harris a visitarem os feridos no evento.
“Você e Biden devem visitar os feridos no hospital do comício de Trump e comparecer ao funeral do bombeiro assassinado. Trump nunca fará nada por eles”, escreveu para a candidata.
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Em abril, ele escreveu a Biden que sua campanha deveria ser “chamada de algo como KADAF (sigla para Mantenha a América Democrática e Livre)” e que a de Trump “deve ser (chamada de) MASA… Faça dos Americanos Escravos Novamente”, para Routh.
Atirador disse que votou em Trump em 2016
Em junho de 2020, o atirador deu a entender que votou em Trump em 2016, mas que desde então retirou seu apoio ao ex-presidente.
“Embora você tenha sido minha escolha em 2016, eu e o mundo esperávamos que o presidente Trump fosse diferente e melhor do que o candidato, mas todos nós ficamos muito decepcionados e parece que você está piorando e se deteriorando”, escreveu ele.
O final da mensagem traz um desejo do criminoso, que hoje pode ser entendido como uma ameaça: “Ficarei feliz quando você for embora”.
No mesmo ano, o atirador doou US$ 74 à campanha do atual presidente, Joe Biden, por meio da plataforma ActBlue, que processa as doações para o Partido Democrata.
Routh apoiou a Ucrânia contra a Rússia
Em dezenas de postagens no Twitter/X em 2022, Ryan Wesley demonstrou apoio à Ucrânia em sua guerra contra a Rússia, dizendo estar disposto a morrer na luta e que “precisamos queimar o Kremlin até o chão”.
“Estou disposto a voar para Cracóvia e ir para a fronteira da Ucrânia para ser voluntário, lutar e morrer… Posso ser o exemplo? Devemos vencer”, disse Routh em uma postagem no Twitter/X em março daquele ano.
No Facebook, o criminoso usou sua conta pessoal para recrutar estrangeiros para a guerra, principalmente cidadãos do Afeganistão.
“Soldados afegãos – a Ucrânia está um tanto interessada em 3 mil soldados, então preciso que cada soldado que tenha passaporte me envie uma cópia de seu passaporte para enviar à Ucrânia”, ele escreveu em uma dessas postagens.