Uma pesquisa do Reino Unido sugeriu que exercícios de treinamento de força, como agachamento na parede e prancha, estão entre as melhores maneiras de reduzir a pressão alta e ajudar no controle da hipertensão.
Uma análise de ensaios clínicos com quase 16 mil pessoas, publicada recentemente no “British Journal of Sports Medicine”, descobriu que todos os exercícios reduziram a pressão alta
A orientação atual, com foco principalmente em caminhada, corrida e ciclismo deve ser atualizada, segundo os pesquisadores.
Exercícios de força mais eficazes que exercícios aeróbicos
Os exercícios de isometria, destinados a aumentar a força sem mover os músculos ou articulações, mostraram mais eficácia na redução da pressão alta do que as atividades aeróbicas.
Agachamento na parede (conhecido popularmente como cadeirinha) e prancha reta levaram a quedas maiores da pressão do que as atividades que provocam uma maior exigência de oxigênio — como corrida, por exemplo.
A posição da prancha, que se assemelha a uma flexão, com os cotovelos diretamente abaixo dos ombros e as pernas esticadas para trás, fortalece o abdômen.
Prancha
- cotovelos abaixo dos ombros;
- costas eretas; e
- mantenha a posição por dois minutos.
Agachamento
Já o agachamento — ou cadeirinha — na parede envolve posicionar os pés a 60cm de uma parede e deslizar as costas para baixo até que as coxas fiquem paralelas ao chão.
- costas contra a parede;
- pés a 60 cm da parede;
- coxas paralelas ao chão; e
- mantenha a posição por dois minutos.
Resultados dos exercícios de força no corpo
O autor do estudo, o pesquisador Jamie O’Driscoll, da Cunterbury Christ Church University, no Reino Unido, diz que os exercícios de isometria colocam um estresse no corpo que os exercícios aeróbicos não colocam.
“Eles (exercícios de força) aumentam a tensão nos músculos quando mantidos por dois minutos, depois causam um súbito fluxo de sangue quando você relaxa”, explica O’Driscoll.
Hipertensão arterial: riscos e prevenções
A hipertensão arterial sobrecarrega os vasos sanguíneos, o coração e outros órgãos, o que aumenta o risco de doenças como ataques cardíacos e derrame.
O tratamento geralmente envolve medicamentos, mas os pacientes também são aconselhados a comer de forma saudável, reduzir a ingestão de álcool, parar de fumar e se exercitar regularmente.