O Serviço Secreto dos Estados Unidos (EUA) está conduzindo uma investigação, depois de relatos de que manifestantes anti-Israel teriam conseguido acessar o hotel onde o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se hospedou, na capital, Washington, DC.
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Segundo uma fonte familiarizada com o caso, os manifestantes teriam lançado insetos e larvas no local e ativado alarmes de incêndio, em depoimento à CNN. Na noite de terça-feira 23, funcionários do Corpo do Bombeiros estavam no local e, rapidamente, desativaram os alarmes.
Um grupo anti-Israel divulgou um vídeo em que mostra o que parece ser insetos, jogados em cima de uma mesa de reunião, no Hotel Watergate. Ao fundo, há bandeiras dos EUA e de Israel, lado a lado.
Palestine solidarity activists say they released maggots and other insects inside a US hotel where some of Israeli PM Benjamin Netanyahu’s delegation are staying. pic.twitter.com/QjuHs0uUoG
— Al Jazeera English (@AJEnglish) July 24, 2024
De acordo com o porta-voz do Centro Conjunto de Informações de Segurança Pública, não houve ameaças às pessoas protegidas pelo Serviço Secreto, incluindo Netanyahu.
“A instalação Watergate tem uma área extensa e permanece aberta para empresas, residências e hóspedes”, afirmou o porta-voz.
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Ainda conforme a CNN, fontes com acesso aos planos de segurança informaram que a sala de conferências não estava na área protegida pelo Serviço Secreto. Foi neste local em que os manifestantes alegam ter colocado larvas de insetos.
Tanto a embaixada de Israel, em Washington, quanto o Serviço Secreto dos Estados Unidos não se manifestaram oficialmente sobre o caso.
Netanyahu é aplaudido em discurso no Congresso dos EUA
Em discurso realizado no Congresso dos Estados Unidos, nesta quarta-feira, 24, Benjamin Netanyahu defendeu o fortalecimento de uma aliança militar regional para combater o Irã. Ele recebeu aplausos na Casa Legislativa.
Foi o quarto discurso do primeiro-ministro no local. Netanyahu enfatizou que todos os países em paz com Israel, ou que venham a fazer a paz, devem se unir contra a ameaça iraniana.
“Vimos um vislumbre dessa aliança em abril”, disse Netanyahu, ao se referir a cinco Exércitos que se uniram para derrubar um ataque iraniano com mísseis e drones contra Israel. Ele sugeriu que essa nova aliança poderia ser uma extensão natural dos Acordos de Abraão, ao chamá-la de Aliança de Abraão.
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Em 15 de setembro de 2020, o governo israelense assinou um acordo de paz com o Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, que eram hostis a Israel, mediado pelo então presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump. Posteriormente, vieram entendimentos com países como Marrocos e Sudão.
Nesse sentido, Netanyahu comparou a aliança com os EUA a uma versão do Oriente Médio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Depois da Segunda Guerra Mundial, os EUA formaram uma aliança de segurança na Europa para conter a ameaça soviética crescente.