Era madrugada do sábado 7, quando o DJ paulistano Rafael Birman, de 30 anos, experimentou o pior pesadelo da sua vida. Às 6 horas, a batida eletrônica da rave Universo Paralello, onde estava com amigos, foi silenciada pelo bombardeio que daria início ao maior ataque terrorista já registrado em Israel.
O festival acontecia a 300 metros da Faixa de Gaza, quando os organizadores interromperam a música. O barulho causado pelo bombardeio do Hamas assustou as cerca de 2 mil pessoas que estavam no evento. Mas nem todos fugiram a tempo.
“Ainda não tínhamos noção do que estava acontecendo”, relatou Birman. “Algumas pessoas apenas se abrigaram embaixo de árvores; outras, como meus quatro amigos e eu, correram imediatamente.”
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O brasileiro afirmou em live no Instagram que precisará de terapia para esquecer a cena “apocalíptica” que presenciou a partir daquele momento. Havia ao menos 260 corpos no local, segundo o jornal The Times of Israel.
Ao tentarem escapar do local, Birman e os amigos pegaram uma estrada errada e depararam com o portão da fronteira com a Palestina. O carro foi alvejados por cerca de 200 tiros.
“Parei o carro, abri a porta e me joguei no chão”, relembrou. “Chegou então um carro com quatro soldados do Exército Israelense. Eles trocaram tiros com o Hamas para nos defender, e foi isso que nos salvou.”
Mensagem de despedida
Nos “intermináveis” 20 minutos em que permaneceu no chão, em meio ao fogo cruzado, o DJ só pensou em se despedir da sua mãe, que mora em Tel-Aviv.
“Mandei imediatamente uma mensagem de áudio para ela”, contou Birman, emocionado. “Disse que estava no meio de um tiroteio, e que a amava. “Uma bomba explodiu a 3 metros de nós. Os soldados nos alertaram: ‘Ou vocês saem daqui, ou vão morrer’.”
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Assim que tiveram uma oportunidade, os cinco amigos pegaram carona para uma cidade vizinha, onde encontraram abrigo. Na estrada, eles depararam com uma cena a qual descrevem como “apocalíptica”: pessoas ensanguentadas e centenas de corpos espalhados.
Família judia oferece abrigo
Como nos relatos de compaixão que contrastam os períodos de guerra, Birman e os amigos encontraram abrigo em uma pequena cidade de campo, perto da fronteira.
Em um ato de solidariedade, uma família judia, com três filhos, ofereceu então o bunker da casa para abrigar os jovens desconhecidos.
“Eles acomodaram oito pessoas no bunker“, disse Birman. “Ficamos pelo menos seis horas no local. Ali tivemos noção da sorte de termos escapado com vida.”
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O DJ explica que ainda está apavorado. Contudo, ele entende que “levará semanas ou meses para voltar a acontecer”.
Passaram-se 12 horas do início das explosões na rave até a volta para casa. Rafael Birman vive com a irmã e a mãe em Tel Aviv.
O que falta para o nosso DESGOVERNO declarar sua oposição irrefutável contra o grupo terrorista Hamas?
Acho que vergonha na cara.
Israel está defendendo seu direito de existir assim como os Palestinos também têm direito nos termos da resolução da ONU de 1948
Este Hamas precisa ser tratado mesmo como terrorista e criminoso inclusive pelo governo do Brasil.