Com a continuidade das buscas pelo submersível Titan, da OcenaGate, desaparecido desde a segunda-feira 19, a cerca de 600 quilômetros da costa do Canadá, outra história vem à mente do público: o submarino argentino desaparecido em 2017.
No dia 15 de novembro daquele ano, o submarino militar argentino ARA San Juan desapareceu depois de perder a comunicação com o solo, enquanto realizava uma viagem de Ushuaia, no extremo sul do país, ao balneário de Mar del Plata, distante cerca de 300 quilômetros da capital portenha.
Na embarcação havia 44 tripulantes, todos militares. Seu último contato foi registrado próximo ao Golfo de San Jorge, considerada “metade do caminho” entre um ponto e outro.
O governo iniciou as buscas pelo submarino argentino desaparecido na noite do dia seguinte, por volta das 22 horas. A operação contou com o apoio da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira (FAB). Militares brasileiros enviaram três embarcações e duas aeronaves para auxiliar nas buscas.
Entre os principais empecilhos para o resgate foram as condições climáticas da região. Além de dificultar as condições de voo, ondas de até 6 metros de altura também são frequentes no local.
A megaoperação de resgate, que envolveu 13 países, não encontrou o submarino argentino desaparecido. Depois de duas semanas, a Marinha da Argentina anunciou que não havia esperanças de encontrar nenhum dos 44 tripulantes com vida.
Ara San Juan, o submarino argentino desaparecido foi encontrado em 2018
Quase um ano depois, em setembro de 2018, o governo argentino contratou a empresa norte-americana Infinity para dar seguimento às buscas — interrompidas duas semanas depois do desaparecimento.
No dia 16 de novembro daquele ano a embarcação foi encontrada a cerca de 800 metros de profundidade e a 600 metros da cidade de Comodoro Rivadavia, na Patagônia argentina. No dia anterior, familiares dos 44 militares desaparecidos realizaram um ato para marcar o aniversário do naufrágio e protestar contra as respostas de autoridades governamentais.
O submarino permanece no local onde foi encontrado.
Quando a água bate na bunda, melhor chamar os EUA. Isso não é demérito algum, no vôo 447 , da Air France, no ano de 2019, uma empresa americana foi chamada para encontrar a caixa preta do avião. Isso se chama tecnologia.