Números melhores do que se esperava sugerem que a estratégia sem lockdown ajudou os negócios a prosperar mesmo com a pandemia
Era para ser um começo de verão terrível. Enquanto o debate sobre se a abordagem mais leve do gerenciamento do coronavírus foi o caminho correto se intensificava na Suécia, a maioria dos analistas europeus se preparou para ganhos trimestrais ruins vindos do país escandinavo durante o auge da pandemia.
No entanto, todos os dias nas últimas duas semanas, empresas suecas, uma após a outra, superaram as expectativas.
Da fabricante de equipamentos de telecomunicações Ericsson à fabricante de eletrodomésticos Electrolux, as empresas do país obtiveram lucros bem acima do esperado pelo mercado, mesmo que em alguns casos isso significasse apenas um declínio menos precipitado do que era temido.
“Nunca vi uma proporção tão alta de empresas alcançando lucros melhores do que se esperava. São quase todas as empresas”, disse o estrategista-chefe de ações do banco SEB, Esbjorn Lundevall.
Os bons resultados sugerem a questão de quantas surpresas positivas se devem à abordagem sueca do gerenciamento da crise de coronavírus. Ao contrário do resto da Europa e da América do Norte, o país não impôs isolamento social e manteve escolas e muitas lojas e negócios abertos — um experimento de saúde pública que atraiu o escrutínio global, recebendo tanto elogio quanto censura.
“Manter a sociedade aberta, escolas abertas, não significa que não fomos atingidos. Mas isso também não significa que, de repente, não conseguimos deixar nossas casas. Isso, sem dúvida, ajudou as empresas”, disse o executivo-chefe da fabricante sueca de rolamentos SKF, Alrik Danielson.
O grupo de Gotemburgo manteve seus escritórios na Suécia abertos durante a crise e espera que os empregados trabalhem, a menos que estejam doentes. Seus lucros operacionais no segundo trimestre nos três meses até junho caíram quase pela metade em comparação com os de um ano atrás, mas ainda assim estavam um terço acima das expectativas dos analistas.
“Nós nos adaptamos rapidamente à nova realidade, apesar de não sabermos como será o futuro”, disse Danielson. As ações da SKF, cujos rolamentos são usados em tudo, de máquinas de papel a carros, estavam estáveis desde o início de 2020, mas subiram mais de 50% a partir do ponto mais baixo deste ano, em março, quando a pandemia eclodiu.
A abordagem da pandemia na Suécia gerou forte controvérsia internacionalmente, pois sua taxa de mortalidade per capita foi muito maior do que a das vizinhas Noruega, Dinamarca e Finlândia. No entanto, seu nível de mortalidade foi mais baixo que o de outros países europeus que entraram em isolamento, como Reino Unido, França, Espanha e Bélgica.
É uma história semelhante em termos do impacto econômico previsto. Economistas e bancos centrais preveem que o PIB da Suécia este ano caia cerca de 5%, em linha com a Noruega e a Dinamarca e muito melhor do que em países como Itália, Reino Unido ou França.
O executivo-chefe do Swedbank, o maior banco de crédito do país, Jens Henriksson, disse, a respeito da abordagem do coronavírus na Suécia: “Não fomos tão fechados. E isso se traduz em um efeito positivo. Se observamos a economia sueca, vemos sinais de que ela está se recuperando”.
Ele acrescentou que as grandes empresas, que no início da crise do coronavírus, em março, correram para o Swedbank em busca de novos empréstimos, estão começando a pagá-los, enquanto as pequenas empresas não tinham emprestado o que muitos imaginavam.
Enquanto a maioria dos bancos registrou altas provisões para possíveis perdas de crédito — mas abaixo do que muitos analistas previam —, o Handelsbanken surpreendeu os investidores ao tomar seu nível mais baixo de provisões em anos.
“Houve um número muito baixo de falências em geral no país”, disse Lundevall. “Considero razoável supor que isso se dá em função da maneira diferente como lidamos com a crise e se reflete nas perdas de crédito bastante baixas nos bancos.”
O mercado imobiliário também permaneceu robusto, com o indicador de confiança do SEB mostrando sua melhor alta de junho a julho.
Os analistas também apontam uma clara divisão entre empresas com forte foco doméstico, como bancos de varejo — que se beneficiaram com a abordagem do país —, e fabricantes voltados para exportação, que ficaram mais expostos aos problemas econômicos globais.
A Volvo, os grupos industriais Alfa-Laval, Trelleborg e SKF e a empresa de tecnologia médica Getinge registraram queda nos lucros do segundo trimestre, mas superaram as previsões. A Ericsson aumentou seu lucro operacional no trimestre, enquanto a Electrolux quase empatou, bem à frente das estimativas de uma grande perda.
Uma explicação possível é simplesmente que os analistas estavam muito sombrios sobre o impacto do coronavírus não apenas na Suécia mas em toda a Europa.
Para Martin Lundstedt, executivo-chefe da Volvo, a queda de 38% nas vendas no período foi algo “sem precedentes”, porém a empresa se fortaleceu por ser capaz de gerar lucro, apesar da interrupção nas cadeias de suprimentos do grupo, pois rapidamente cortou os custos em profundidade.
No entanto, ele descreveu a abordagem diferenciada ao coronavírus como tendo um “efeito bastante limitado”, devido à interrupção das cadeias de suprimentos além das fronteiras da Suécia. “Estamos muito entrelaçados com outros países”, ponderou ele. “É mais sobre o fato de muitas empresas suecas trabalharem com flexibilidade.”
Danielson afirmou que o segmento automotivo era um dos mais importantes para a SKF e observou que, embora as vendas de carros na Suécia tenham crescido mais do que na maioria dos países europeus, a interrupção abrupta da indústria em abril e na primeira quinzena de maio atingiu duramente o grupo.
Todos as indústrias foram ajudadas por sinais de recuperação na China e uma forte recuperação precoce em boa parte da Europa, além de grandes pacotes de apoio do governo para manter empregos.
A grande preocupação agora é se uma segunda onda de coronavírus atingirá a Europa e os Estados Unidos no outono.
“Qual é a probabilidade de haver outros isolamentos? Qual é a probabilidade de o fator medo diminuir?”, perguntou Danielson. “Essa será a grande questão sobre quão rápida será a recuperação. Agora é sobre psicologia, é sobre pessoas.”
Ele não está sozinho ao pensar que a Suécia tem uma sutil vantagem psicológica por ter ficado mais aberta e com pessoas com menos medo de trabalhar, fazer compras e socializar-se fora de casa.
Lundevall disse que, embora muitos funcionários suecos, inclusive ele mesmo, tenham optado por trabalhar em casa até recentemente, a decisão de manter escolas e jardins de infância abertos foi um divisor de águas para quem tem filhos mais novos.
“Acho que isso torna o trabalhador sueco médio mais produtivo. Haverá um efeito a longo prazo pelo fato de as crianças ficarem fora da escola. É difícil calcular o efeito financeiro exato, mas é realmente importante”, acrescentou.
Embora estejam satisfeitos com o desempenho de suas empresas no capítulo de abertura da crise da covid-19, os executivos suecos estão cientes da pouca previsibilidade que têm para o resto do ano.
Executivo-chefe do SEB, Johan Torgeby disse que, “mantidas as demais condições”, a abordagem sem isolamento da Suécia beneficiou a qualidade de crédito de suas empresas.
Mas alertou: “Isso não tira a preocupação de uma segunda onda. Pode haver águas mais turvas vindo em nossa direção. O mundo vai fechar tudo de novo ou não?”.
Com informações do Financial Times
Os números do Brasil com relação ao número de mortes é uma falácia. Não tivemos 91.000 mortes pelo Corona Vírus e da mesma forma não tivemos apenas 2.6 milhões de contaminados. Na verdade, se tivemos 20 mil mortos pelo covide 19 foram muitos e o número de contaminados podem ter sido 20 milhões. As mortes por conta da falsidade ideológica de colocar todos os mortos do país num certo período como covide e muitas mortes foram por infarto do miocárdio, AVC, IRA por outras viroses, problemas renais e hepáticos, fora os traumatismos. Já que não houve nem quarentena horizontal nem vertical, desde o carnaval a contaminação foi generalizada. Como os jovens adolescentes e adultos hígidos tiveram uma “gripezinha” , talvéz, 10 % da população se contaminou. E o número de mortes chegou a esse patamar (20 mil) foi por conta dos políticos salafrários não terem dado a hidroxicloroquina como tratamento inicial. O resto é conversa fiada.
Nós temos 100 milhões de brasileiros sem esgoto. Mais de trinta e oito milhões sem água tratada e encanada.Temos 38 milhões – ou mais- de informais sem emprego e renda fixos. Mais de 13 Milhões de desempregados. mais de 7 milhões de “Nem -Nem” (Jovens que Nem estudam nem trabalham) , filas imensas de espera para exames no SUS, como tomografia de seio para mulheres que esperam até um ano. Querer comparar esse cenário tupiniquim com a Suécia é no mínimo risível e absurdo.Aqui a burocracia mata mais que o vírus.Não dá para fazer comparação entre Jesus e Genésio. Vamos refletir com mais argumentos sólidos e menso insólitos.
O comportamento da Suécia comprovou, mais uma vez, que o Presidente Bolsonaro estava com a razão;eta presidente véio!
Suécia = 5.702, Noruega = 255, Finlândia = 329. O número de mortes diz exatamente o oposto. Bolsonaro disse que era uma gripezinha e hoje estamos com quase 90 mil mortos por coronavírus. Pergunte para as famílias que perderam pai, mãe, filho, filha, avô, avó, o que eles acham sobre quem tem razão.
Fizemos lockdown, fomos obrigados a usar máscaras indiscriminadamente, todas as ações determinadas pelos governadores e prefeitos por determinação do STF, e agora vem colocar a culpa nas costas do Presidente????
Um pouco mais de coerência, né?
90 mil mortos é a prova que Bolsonaro tinha razão.
uma fala do bolsonaro SOBRE ELE MESMO parece q se torna veredicto de infectologista na mente desse povo… o cara se recuperou tranquilo… foi uma gripezinha sim, pra ele!
se falando em número de mortes, a taxa de mortalidade aqui ainda é baixa, principalmente em relação a outros países bem menores…
a previsão e de uns 5 anos pra erradicar isso no mundo… será q vai continuar sendo culpado bolsonaro? e na argentina q fechou tudo, quebrou a economia, e mesmo assim não funcionou… cada dia aumentam o índice diário de mortes… quem vai dar vacina pra eles q já ameaçam outro calote?
a própria OMS já voltou atrás do lockdown e pediu pra voltarem a girar a economia… não era genocídio?
o problema é o personagem… tudo de ruim vai ser atribuido a ele… e tudo de bom é atribuido ao “governo”… inventaram até palavra pra isso uhahua bolsonaro consegue “despiorar” a economia uhauahua pqp q tempos!
Vc não leu a reportagem direito? Suécia teve menos mortes que Reino Unido, Espanha, Bélgica, Itália. Todos fizeram isolamento. Ninguém sabe porque as pessoas se contaminam mesmo em casa. Se sua lógica estivesse certa, a Suécia seria a primeira em número de casos e mortes por habitante
Tentaram emplacar a narrativa de que a queda sueca seria a mesma dos demais paises da região. Não fazia o menor sentindo uma vez que não houve paralisação das atividades economicas.