Tribunal vai decidir se o primeiro-ministro pode permanecer no comando do país mesmo tendo sido indiciado criminalmente
A presidente da Suprema Corte de Israel, Esther Hayut, criticou os argumentos dos advogados que pedem que Benjamin Netanyahu seja retirado do cargo de primeiro-ministro por ter sido indiciado criminalmente.
Esses argumentos são inapropriados, isso é populismo. Uma parte não pode afirmar que caso a sua posição não seja acatada, o Estado de Direito estará em ruinas”, afirmou Esther Hayut, que coordenou o primeiro dia do julgamento que vai decidir se Netanyahu vai pode ou não formar um novo governo, como informa o jornal israelense The Jerusalem Post.
Ao que tudo indica, pelo menos 6 dos 11 juízes, a maioria, devem permitir que o atual-primeiro ministro permaneça no cargo. A sentença deve atrasar um pouco, mas deve sair antes do prazo máximo para que o novo governo seja empossado, no dia 7 de maio.
A decisão que deve garantir Netanyahu no cargo causou decepção em algumas organizações, como o Movimento pela Qualidade do Governo. O seu representante, o advogado Eliezer Shraga, afirmou que a Suprema Corte “destruiu décadas de precedentes que forçavam ministros a renunciarem ao serem indiciados”.