Luigi Mangione, de 26 anos, é investigado pelo possível envolvimento no homicídio de Brian Thompson, CEO da United Healthcare, ex-dona da Amil, em Nova York. Ele possui formação acadêmica em engenharia com ênfase em ciência da computação pela Universidade da Pensilvânia, onde também concluiu um mestrado, relata a Folha de S.Paulo. Ele tinha boas condições financeiras.
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Natural de Maryland, Mangione residiu por um período em Honolulu, no Havaí, conforme informou Joseph Kenny, chefe de detetives do Departamento de Polícia de Nova York.
Em coletiva nesta segunda-feira, 9, Kenny afirmou que o suspeito também carregava manifesto manuscrito de três páginas. Na publicação, segundo o chefe de detetives, ele mostrava ter “alguma má vontade em relação à América corporativa”.
Segundo o jornal The New York Times, sua família administra uma rede de centros de reabilitação para idosos e possui investimentos no setor imobiliário.
Mangione foi preso nesta segunda-feira em Altoona, Pensilvânia, depois de ser reconhecido por um funcionário do McDonald´s, que contatou a polícia.
No momento da prisão, ele portava uma arma de fogo que não possui número de série nem marcação que permita rastreá-la (arma fantasma) e um supressor e documentos de identificação falsos. Os itens, segundo as autoridades, estão relacionados ao caso. Também foi encontrado o manifesto citado por Kenny.
Antes de ingressar na universidade, Mangione frequentou a Gilman School, uma tradicional instituição de ensino particular em Baltimore. Lá se formou, em 2016, como orador da turma. Em seu discurso de formatura, ele destacou o perfil inovador de sua classe e agradeceu aos familiares pelo apoio educacional.
Na Universidade da Pensilvânia, ele integrou a fraternidade Phi Kappa Psi e criou um clube voltado ao desenvolvimento de jogos. Entrevistas concedidas por Mangione ao blog Penn Today, da universidade, foram removidas depois de a prisão ter sido divulgada, segundo o The Daily Pennsylvanian.
Nas redes sociais, Mangione mantinha contas ativas no Twitter/X, no Instagram e no LinkedIn. Postagens atribuídas a ele no Twitter/X abordavam temas relacionados à saúde mental e ao bem-estar, lembra a Folha.
Ex-colegas do suspeito se disseram surpresos
No Instagram, as publicações incluíam momentos ao lado de amigos e familiares. Além disso, uma crítica de livro publicada em seu nome na Amazon mencionava o manifesto Industrial Society and Its Future. Mangione parecia um ávido leitor.
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“Quando todas as formas de comunicação falham, a violência é necessária para sobreviver”, declara trecho do texto, atribuído a uma pessoa com o nome dele, no ensaio.
Também conhecido como Manifesto do Unabomber, de Ted Kaczynski, o ensaio traz a citação: “Quando todas as formas de comunicação falham, a violência se torna necessária para sobreviver”.
Ex-colegas da Gilman School relataram surpresa com a notícia da prisão. O diretor da instituição, Henry Smyth, emitiu um comunicado à comunidade escolar no qual lamenta o ocorrido e afirma que não tinha informações adicionais além das divulgadas na imprensa.
Podiam ter escrito no titulo que ele matou um CEO da BIG PHARMA. Pois o CEO era dono de varios planos de saúde, os mesmos que maquiaram mortes por covid e fizeram marketing pra vacinacao obrigatoria em massa de um experimento mRNA.