A Target, grande empresa varejista dos Estados Unidos, anunciou a descontinuação de suas políticas de diversidade, equidade e inclusão. Desta forma, tornou-se a primeira grande empresa norte-americana a adotar essa medida desde a posse de Donald Trump.
A varejista informou que deixará de divulgar publicamente suas metas de equidade e encerrará programas de desenvolvimento profissional para funcionários negros até 2025, conforme planejado.
Essa decisão alinha a Target a outras empresas, como Meta, Walmart e McDonald’s, que reavaliaram suas iniciativas de equidade sob pressão política de Trump e outros conservadores.
O ex-presidente declarou que programas para a promoção da diversidade em ambientes corporativos são “ilegais” e assinou ordens executivas para restringir tais políticas no governo federal e em empresas com contratos públicos.
Políticas de diversidade começaram com explosão do Black Lives Matter
A Target justificou sua decisão, afirmando que está “implementando mudanças com o objetivo de impulsionar o crescimento”.
Muitas empresas nos EUA começaram ou ampliaram seus esforços de diversidade depois da morte de George Floyd em maio de 2020, em Minneapolis, onde fica a sede da Target. Na época, o movimento Black Lives Matter estava em alta.
O incidente gerou protestos generalizados, e a empresa anunciou um fundo de US$ 10 milhões para iniciativas de justiça social e a ampliação de produtos de marcas de propriedade de pessoas negras em suas prateleiras.
Na sexta-feira, uma página no site da Target anteriormente chamada “Diversidade, Equidade e Inclusão” foi renomeada para “Pertencimento na Bullseye”, apresentando sua nova estratégia de inclusão, segundo registros do Internet Archive.
Além disso, a Target anunciou que sua equipe de “Diversidade de Fornecedores” passará a se chamar “Engajamento de Fornecedores”. A empresa também informou que deixará de participar de um ranking de ambiente de trabalho da Human Rights Campaign, uma organização de defesa dos direitos LGBT+.
Target já sofreu boicote por produtos LGBT
O anúncio ocorre quase dois anos depois de um boicote de consumidores contra sua coleção de produtos para o Mês do Orgulho LGBT. Apesar dessas mudanças, outras empresas continuam comprometidas com políticas de diversidade.
Na quinta-feira 23, os acionistas da Costco rejeitaram uma proposta que exigiria a divulgação de riscos legais associados à manutenção de suas iniciativas de diversidade, demonstrando um caminho diferente do adotado pela Target.
Com quase 2 mil lojas, mais de 400 mil funcionários e receitas superiores a US$ 100 bilhões, a Target é uma das maiores varejistas dos EUA.
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Tem que acabar com essa baboseira woke. As pessoas tem que ser respeitadas pelo seu caráter, honra e dignidade, indiferente de suas preferências sexuais. Afinal é uma parte da vida e não sua essência.