Em uma matéria publicada na quinta-feira 18, o jornal norte-americano The Washington Post falou sobre o embate entre o empresário e dono do Twitter/X, Elon Musk, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O texto afirma que, no Brasil, a maior democracia da América Latina, os usuários de internet passam em média mais de nove horas por dia online e desfrutam da liberdade de expressão, mas ela não é um direito absoluto, enquanto nos Estados Unidos, a Primeira Emenda garante aos americanos uma ampla liberdade para falar publicamente.
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A publicação também relata que o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores sofreram punições determinadas por Moraes — incluindo prisões, congelamento de bens e bloqueio de contas nas redes sociais — por supostamente espalharem “ideias antidemocráticas” e cometerem “crimes contra a honra”.
Quando o empresário assumiu o controle do Twitter, influenciadores conservadores brasileiros que foram alvo de Moraes viram uma chance e pediram ajuda.
Segundo uma fonte do The Washington Post, que solicitou anonimato, Musk pediu à equipe para investigar suas reivindicações. Eles concluíram que reaver as contas que foram banidas por ordem judicial acabaria violando a lei brasileira.
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Assim, a equipe da empresa optou por anunciar que teve que bloquear contas brasileiras devido a decisões judiciais, mas não especificou quais contas foram afetadas e afirmou que nunca recebeu explicações sobre os motivos dos bloqueios.
Tais questões foram mostradas ao mundo depois que Elon Musk e Alexandre de Moraes entraram em conflito no início de março. Musk anunciou que não toleraria mais ordens judiciais de Moraes, ressaltando que o magistrado estava violando a lei brasileira e ameaçando o funcionamento do Twitter/X no Brasil, um de seus mercados mais ativos.
Em resposta, Moraes incluiu Musk como alvo em sua investigação criminal em curso sobre grupos políticos acusados de usar informações falsas para atacar a democracia.
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Para o jornal, a “disputa” pode influenciar como as plataformas de mídia social devem policiar seus usuários em países que não encaram a liberdade de expressão da mesma forma que os Estados Unidos. E está consolidando a ascensão de Musk como um ícone da direita global, onde ele encontrou “terreno comum” com algumas de suas figuras mais influentes.
Elon Musk se aproxima da direita
Desde que declarou sua independência das ordens de Moraes, o empresário se encontrou com o presidente argentino Javier Milei em uma fábrica da Tesla no Texas, foi convidado para uma aparição ao vivo com Bolsonaro e disse que em breve se encontrará com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi.
Ele também passou a última semana interagindo online com brasileiros conservadores cujas contas foram banidas por Moraes — um grupo que há muito tempo buscava sua atenção. Nos Estados Unidos, os republicanos do Congresso, que há tempos têm travado batalhas com as grandes empresas de tecnologia sobre a censura online, emitiram intimações para os registros do Twitter/X relacionados às suas atividades no Brasil.
Segundo um oficial da Suprema Corte, que falou ao jornal sob condição de anonimato, Musk ainda é alvo da investigação de Moraes. A investigação vai além das políticas de moderação de conteúdo do Twitter/X e questiona se o empresário faz parte de uma “ameaça organizada à democracia do país”.
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Sinceramente, hoje tudo que vai contra o “reinado” de certas pessoas, é considerado ato antidemocrático ! Tem gente que não suporta ser criticado , e para isso é capaz de qualquer ação em nome da jaypobre democracia da pátria amada….
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