O aplicativo de vídeos TikTok anunciou, neste domingo, 19, que retornou ao ar, nos Estados Unidos. O anúncio ocorreu depois do presidente eleito Donald Trump ter afirmado que adiaria a proibição da plataforma, ocorrida na manhã deste domingo por exigência de uma lei federal, que demandava a venda de suas operações no país.
Trump declarou que emitiria um decreto para prorrogar a aplicação da legislação, o que permitiria tempo para um possível acordo. Em comunicado, o TikTok informou estar “em processo de restauração do serviço” em colaboração com seus provedores.
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A plataforma agradeceu a Trump por oferecer “clareza e garantia” aos provedores de que não enfrentariam penalidades ao permitir o acesso de mais de 170 milhões de norte-americanos e apoiar cerca de 7 milhões de pequenas empresas.
Depois do anúncio, muitos usuários relataram que conseguiram acessar o aplicativo normalmente. O TikTok havia sido removido de lojas de aplicativos, como a Play Store e a App Store.
Trump propôs que os EUA adquirissem 50% da propriedade do TikTok por meio de uma joint-venture com a ByteDance ou novos investidores. Segundo o presidente, o objetivo da ação é garantir a segurança nacional.
EUA afirmam que TikTok coleta dados sensíveis dos usuários
Ele afirmou que o decreto isentaria de responsabilidade as empresas que ajudaram a manter o TikTok ativo. O governo dos EUA alega que a plataforma representa risco à segurança nacional por coletar dados sensíveis dos usuários. A ByteDance nega as acusações.
O governo norte-americano teme que os dados possam ser usados pela China para espionagem. A legislação aprovada pelo Congresso e sancionada pelo atual presidente, Joe Biden, em abril de 2024, determinava que, caso o TikTok não fosse vendido até o último domingo, ele seria banido dos EUA. Isso incluía a remoção de lojas de aplicativos e bloqueio de atualizações, com multas para quem desobedecesse.
Na última sexta-feira, 17, a Suprema Corte decidiu que a lei não viola a 1ª Emenda, que protege a liberdade de expressão. O TikTok havia recorrido à Justiça, mas a decisão unânime confirmou a validade da lei. Com o decreto de Trump, a aplicação da medida foi adiada.