Dentre os membros da tripulação do submersível Titan desaparecido no último domingo 18 enquanto seguia para os destroços do RMS Titanic está o magnata Shahzada Dawood, de 48 anos; e seu filho Sulaiman Dawood, de 19 anos. Shahzada é um dos homens mais ricos do Paquistão e, seguindo o New York Post, tem laços com o rei Charles III do Reino Unido. Pai e filho pagaram para a viagem “turística” até os destroços centenários do lendário transatlântico que naufragou na madrugada do dia 15 de abril de 1912.
O Titanic está localizado a cerca de 3,8 mil metros no fundo do oceano Atlântico Norte, e os turistas que pagaram para vê-lo embarcaram no submersível operado pela OceanGate Expeditions. Em comunicado à imprensa, a família do magnata disse: “Estamos muito gratos pela preocupação demonstrada por nossos colegas e amigos e gostaríamos de pedir a todos para que orem pela segurança dos nossos entes queridos, garantindo privacidade à família neste momento. A família está bem cuidada e está orando a Alá pelo retorno seguro de seus familiares”.
Negócios do magnata preso nos destroços do Titanic
A família Dawood está entre as mais ricas do Paquistão, dona dos rendimentos bilionários provenientes da Dawood Hercules Corporation Limited, um conglomerado de investimentos públicos com foco na agricultura, nas indústrias e no setor de saúde no Paquistão. O magnata é vice-presidente de uma de suas empresas subsidiárias, a Engro Corporation. Os Dawood também têm laços estreitos com os políticos do Reino Unido, o paquistanês é membro do Conselho Consultivo Global da Prince Charles’ Charity, Prince’s Trust International e do conselho de curadores do SETI Institute, sediado na Califórnia, empreendimento que busca evidências de inteligência extraterrestre.
O magnata Shahzada Dawood nasceu no Paquistão, mas decidiu mudar-se para o Reino Unido onde estudou Direito na Universidade de Buckingham. Ele pagou à OceanGate Expeditions US$ 500 mil dólares para que pudesse, juntamente com o seu filho de 19 anos, ver de perto os destroços do Titanic a bordo do submersível Titan. Segundo Alistair Greig, professor de engenharia naval da University College London, “embora o submersível ainda possa estar intacto se estiver além da plataforma continental, existem muito poucas embarcações que podem chegar tão fundo, e certamente mergulhadores não podem ir até lá”.