O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse que a investigação contra ele por supostamente comprar o silêncio de uma atriz pornô é uma forma de “interferência eleitoral”, orquestrada por “bandidos”, antes da eleição de 2024. A afirmação foi feita na noite de segunda-feira 27, em entrevista à Fox News.
Trump, 76 anos, já anunciou a pré-candidatura ao governo dos EUA. Em 18 de março, afirmou em sua rede social Truth Social que seria preso em decorrência da investigação envolvendo a atriz Stormy Daniels, a quem teria pagado US$ 130 mil em 2016.
Nada aconteceu até o momento, mas a imprensa norte-americana fala em um possível indiciamento. A investigação é conduzida pelo procurador de Manhattan, Alvin Bragg, que segundo Trump, o odeia.
Na entrevista de segunda-feira, concedida em sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida, Trump chamou de “fraude” a investigação de Bragg. “Acho que é uma maneira de provocar uma trapaça nas eleições. É interferência eleitoral”, disse o republicano, para quem as eleições de 2020 foram “roubadas” pelo presidente democrata Joe Biden. “Estamos lidando com pessoas desonestas, bandidos. São pessoas, acredito, que odeiam nosso país”, afirmou o ex-presidente.
Bragg, um democrata eleito para o cargo por votação popular, formou o grande júri em janeiro, depois de investigar o caso da atriz. Trump, que governou o país de 2017 a 2021, nega a suspeita e já chamou a investigação de “caça às bruxas”.
A procuradoria investiga possível contravenção por falsificação contábil do registro do pagamento ou violação da lei de financiamento de campanha eleitoral. Nesse último caso, a pena prevista é de até quatro anos de prisão.
O grande júri do caso deve se reunir, a princípio, na quarta-feira 29. Se votar a favor do indiciamento, Trump deverá, então, comparecer ao Tribunal de Manhattan, para ser notificado da acusação por um juiz e ser “fichado”. Em seguida, ele deveria se declarar culpado ou inocente. Se votar contra o indiciamento, o processo é arquivado.
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