Nesta segunda-feira, 24, é iniciado o quarto ano de conflito total entre a Ucrânia e a Rússia. Para marcar a data, líderes internacionais, incluindo Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Antonio Costa, primeiro-ministro de Portugal, chegaram à Ucrânia.
Foram recebidos no trem pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia e pelo chefe de gabinete de Volodymyr Zelensky, presidente do país.
Desde o início da invasão russa, milhares de ucranianos perderam a vida e mais de 6 milhões vivem como refugiados.
Estimativas ocidentais revelam que centenas de milhares de pessoas foram mortas ou feridas em ambos os lados, tornando-o o maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Relação entre Ucrânia e Estados Unidos
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Os EUA enfrentam incertezas sobre seu apoio contínuo à Ucrânia, enquanto as forças ucranianas resistem aos avanços russos em meio a desafios diplomáticos.
Na semana passada, Donald Trump chamou Volodymyr Zelensky de “ditador” e sugeriu um acordo de paz imediato. Zelensky rebateu ao dizer que Trump vive em uma “bolha de desinformação”, evidenciando a tensão entre eles.
Autoridades norte-americanas negociam diretamente com a Rússia na Arábia Saudita, sem Kiev nem a Europa, gerando preocupações sobre o papel dos EUA no conflito.
Washington descartou enviar tropas, pressionando a Europa a se fortalecer militarmente. Zelensky tem buscado apoio de líderes europeus para definir os próximos passos.
Continuação do conflito
Recentemente, a Rússia lançou 185 drones contra o país, mas a Força Aérea ucraniana afirmou que não houve danos significativos. Os militares de Kiev relataram que um ataque atingiu a refinaria russa de Ryazan e causou explosões.
As tropas ucranianas dependem da ajuda militar dos EUA. O dr. Evhen Kolosov, médico militar, destacou o desgaste psicológico dos soldados, dizendo que quem está desde o início da guerra está especialmente exausto.
O ex-ministro das Relações Exteriores Pavlo Klimkin reforçou a importância de Zelensky manter laços com os EUA e melhorar relações com Europa, China e Índia. Ele não espera um acordo de paz neste ano, mas vê chance de um cessar-fogo.
Negociações sobre o acesso dos EUA aos recursos minerais da Ucrânia estão em andamento. Zelensky rejeitou um rascunho inicial por falta de garantias de segurança. Trump disse que um acordo está próximo, mas os detalhes são vagos.
A Reuters informou que os EUA cogitaram cortar o acesso da Ucrânia ao Starlink, essencial para suas operações militares. Trump também pressionou por eleições no país, algo que a Rússia já vinha questionando. O mandato de Zelensky expirou em maio do ano passado, mas a lei marcial impede eleições.
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