A Ucrânia está reduzindo o ritmo de suas operações contra a invasão da Rússia por causa da falta de munição de artilharia. A frente de batalha hoje tem cerca de mil quilômetros.
O general Oleksandr Tarnavsky revelou a informação à agência Reuters nesta segunda-feira, 18. Tarnavsky é um dos oficiais ucranianos mais respeitados. Ele liderou o último grande sucesso do país na guerra, quando a Ucrânia conseguiu retomar a cidade de Kherson, no sul do território, em novembro de 2022.
A Ucrânia tenta sensibilizar os aliados do Ocidente a contribuírem com sua operação. A oposição republicana no Congresso dos Estados Unidos está bloqueando um pacote de R$ 300 bilhões de ajuda para a Ucrânia, que seria enviada no próximo ano.
Zelensky tenta conseguir apoio financeiro dos aliados
Na mesma linha, a Hungria liderou o veto de um pacote de cerca de R$ 250 bilhões da União Europeia (UE) para a Ucrânia, que também deveria ser entregue no ano que vem.
Sem o dinheiro, não é possível saber se a Ucrânia vai conseguir manter sua defesa contra a Rússia da maneira que precisa.
“Temos um problema com munição”, disse Tarnavsky. “Os volumes que recebemos não são suficientes, então os estamos redistribuindo. Estamos replanejando missões que havíamos estabelecido e as fazendo menores, porque precisamos prover [os soldados].”
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Desde o início da guerra, em fevereiro do ano passado, até 31 de outubro deste ano, os cofres e arsenais da Ucrânia receberam cerca de R$ 1, 2 trilhão. De agosto em diante, o volume da ajuda enviada pelos países aliados despencou: foi 90% menor do que o registrado no mesmo mês ano passado, de acordo com uma estimativa do Instituto para a Economia Mundial de Kiel, na Alemanha.
Na semana passada, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky viajou para Washington, capital dos Estados Unidos, e Oslo, capital da Noruega, para tentar conseguir mais apoio financeiro. As viagens não foram bem-sucedidas para esse princípio, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.
Se a Ukrânia não receber estas armas, abrirá um flanco pesado para os países da OTAN.
O próximo a ser invadido pela Russia será um deles.