Zhang Zhan foi detida por críticas ao Partido Comunista
Eurodeputados do Parlamento da União Europeia pediram ao Partido Comunista da China (PCC) a libertação imediata da jornalista Zhang Zhan, de 37 anos. A solicitação foi assinada nesta terça-feira, 29. Além disso, os representantes do bloco econômico requereram a soltura de outras pessoas detidas por críticas à ditadura do secretário-geral do PCC, Xi Jinping. Conforme noticiou Oeste, a Justiça do país condenou Zhang a quatro anos de prisão por denúncias contra o regime chinês. No início deste ano, a profissional divulgou nas redes sociais a situação caótica dos hospitais de Wuhan, cidade onde o novo coronavírus surgiu. Ela publicou dados acerca da evolução da doença. Detida desde maio, Zhang foi enviada a um centro de detenção em Xangai sob denúncia de “provocar distúrbios”.
Bruxelas também exigiu a libertação de Yu Wensheng, um advogado defensor dos direitos humanos, preso em 13 de dezembro. Outros ativistas são mencionados no informe da União Europeia (UE): Li Yuhan, Huang Qi, Ge Jueping, Qin Yongmin, Gao Zhisheng, Ilham Tohti, Tashi Wangchuk, Wu Gan e Liu Feiyue. A preocupação de Bruxelas sobre o destino dessas pessoas e jornalistas independentes foi tornada pública, apesar do impulso da UE para assinar um grande acordo de investimento com a China. Vários eurodeputados manifestaram sua preocupação com o fato de o acordo, negociado ao longo de sete anos, enviar um sinal equivocado sobre os direitos humanos. Na véspera, porém, os representantes permanentes dos 27 países da UE deram sinal verde à assinatura do acordo.