O destino da última fêmea de gorila mantida em cativeiro na Tailândia, Bua Noi, que está em exibição em um shopping de Bangcoc há três décadas, é incerto e continua gerando polêmica. Ativistas dos direitos dos animais enfrentam os interesses turísticos e comerciais locais.
“Libertem Bua Noi!”, diz uma pichação nas paredes do edifício que alberga um shopping e em dois andares do Pata Zoo. Ativistas de todo o mundo se mobilizaram para que a fêmea de gorila, conhecida como o “animal mais triste do mundo”, seja transferida do Pata Zoo.
No entanto, a família proprietária de Bua Noi resistiu à pressão do público e do governo para libertar o animal, que está em estado emocional crítico.
O caso voltou ganhar as manchetes depois que o zoológico local ofereceu uma recompensa de 100.000 baht (R$ 15.320) por informações que levassem à prisão de quem pichasse “Free Bua Noi” nas paredes do shopping.
O zoológico representa um obstáculo na mudança das leis do bem-estar animal. Há uma grande demanda turísticas por parte dos visitantes por selfies com tigres, elefantes, macacos, orangotangos, cabras pigmeus, pássaros tropicais e outros animais que vivem em péssimas condições.
As autoridades aprovaram uma nova legislação ambiental, principalmente destinada a prevenir o abuso de animais nativos, e essas leis não cobrem necessariamente zoológicos privados, como o Pata — ou animais não nativos, como Bua Noi.
“[Pata] ainda pode abrir, porque a seção de zoológico de conservação e proteção de animais selvagens ainda não foi aplicada”, disse Padej Laithong, diretor do Escritório Nacional de Conservação da Vida Selvagem.
Os regulamentos de bem-estar animal se aplicam apenas a zoológicos estaduais. A fêmea de gorila está em uma instalação privada, portanto, as autoridades não podem atuar no local.
O local solicitou uma extensão da licença, antes que a atual expirasse, explicou o diretor do Escritório Nacional de Conservação da Vida Selvagem, acrescentando que estava mais preocupado com a segurança contra incêndio do prédio, e não com o bem-estar dos animais. “Todos esses detalhes devem ser respondidos antes que a licença possa ser renovada, suspensa ou revogada”, disse ele.
Bua Noi teria três anos quando foi trazida da Alemanha, em 1992. Com a expectativa de vida média do gorila oriental de mais de 40 anos, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, ela passou grande parte de sua vida em cativeiro.
“Ela precisa sair disso”, disse Edwin Wiek, fundador da Wildlife Friends Foundation Thailand, um santuário que visa a educar pessoas e reabilitar animais. “Ela não consegue ver o sol, a lua. Ela está em uma caixa de cimento com janelas de vidro”.
Como a pressão internacional para libertar Bua Noi cresceu em 2022, o zoológico privado rejeitou uma oferta de 30 milhões de baht do Ministério de Recursos Naturais e Meio Ambiente da Tailândia, dizendo que o gorila era muito velho para ser realojado.
“Ela precisa estar entre sua própria espécie, ou pelo menos estar do lado de fora e ter alguma chance de ver coisas, experimentar a natureza, pássaros voando por aí”, disse Wiek. Gorilas são espécies que gostam de conviver em sociedade.
Outros grupos de direitos dos animais foram além, como o People for the Ethical Treatment of Animals — que realizou vários protestos ao longo dos anos —, dizendo que Bua Noi estava “passando por sofrimento psicológico extremo”.
Muito triste. Pobre animal. Como podemos ser tão cruéis? Oh espécie maldita, o ser humano.
Discordo!!! O título pertence a Dilma Roskoff.
BUA NOI LIVRE!!!
Maus tratos a animais é crime, independente da sua vontade!
Cadê as ONGs, os leonardos, as gretas, os defensores da AMAZÔNIA….”quem dá mais”
Incrivel o nivel de maldade que o ser humano consegue atingir. Libertem o animal, a opiniao de impostores nao importa, SAO OS SABEM TUDO, MAS NAO CONSEGUEM LIMPAR BEM O PROPRIO ……………. .