A invasão da Ucrânia pela Rússia despertou um sentimento de unidade nacional em Kiev. Políticos de diferentes partidos e de diversos espectros ideológicos uniram-se para resistir às tropas russas, que tomaram de assalto Luhansk, Donetsk, Carcóvia, Mariupol, Crimeia e Odessa.
Petro Poroshenko, ex-presidente da Ucrânia, é um exemplo da retomada desse sentimento patriótico. Em entrevista concedida à CNN, Poroshenko deixou de lado suas divergências com o atual governo ucraniano e ressaltou que está empenhado em proteger a soberania do país.
Assista ao vídeo, com a tradução no corpo do texto
“How long do you think you can hold out?”
“Forever.”
Former Ukrainian President @poroshenko takes up a Kalashnikov rifle alongside civilian defense forces as he speaks to @JohnBerman from the streets of Kyiv. pic.twitter.com/jxGl6BKgZR
— CNN (@CNN) February 25, 2022
— O senhor pode me dizer quais são as intenções de seu grupo? O que farão quando os russos chegarem?
— Ah! Isso é fácil. Vamos lá. Aqui está um rifle Kalashnikov. Deixe-me ver… também possuímos quatro Enlows. Há ainda 300 soldados de batalha em defesa do território. Temos duas metralhadoras. É isso.
— …
— Não temos artilharia pesada, não temos tanques, não temos veículos blindados, mas fizemos isso nos últimos dois dias. São pessoas que fizeram fila no batalhão para ter armas. Esse é o limite de defesa que a gente tem. São pessoas normais, que nunca estiveram no Exército e estão fazendo fila aqui para se juntar a nós. É emocionante. É uma grande demonstração de como o povo ucraniano odeia Vladimir Putin.
— Por quanto tempo o senhor pensa que pode aguentar?
— Para sempre. Acho que Putin nunca conseguirá tomar a Ucrânia. Não importa quantos soldados tenha, quantos mísseis possua. Não importa quantas armas nucleares tenha. Nós, ucranianos, somos livres. Temos um grande futuro europeu.
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Um discurso muito bonito, mas que na prática não se sustenta. A Rússia tem forças armadas bem mais fortes e experiente em guerras, além de armamento muito superior. Esperar que a NATO se envolva na guerra, é uma ilusão, pois a Europa, com a “pandemia” causando grandes estragos econômicos, não quer se arriscar em uma guerra que pode se tornar longa e devastadora, pois o presidente russo não está blefando. É óbvio que lamento essa invasão, totalmente sem nexo, mas quem está sofrendo e sofrerá ainda mais, é o povo ucraniano, pelos erros cometidos pelo atual presidente do país, que quis peitar o presidente Putin. Não se vence guerras com discursos. O melhor para a bela Ucrânia, é buscar o diálogo com Moscou. Para o bem de todo o povo ucraniano.
Putin não tinha o direito de invadir,mas a Ucrânia devia saber que se aliar também a OTAN , como outros vizinhos já fizeram e que já estão com seus territórios lotados de mísseis apontando para a Rússia,teria consequências. Deviam ter negociado com Putin e não jogar pra galera !
Linda declaração. Temos um lema aqui no nosso país que espero não precisarmos chegar nele, mas os ucranianos estão vivendo nesse exato momento o “ou deixar a pátria livre, ou morrer pela Ucrânia”. 🇺🇦🇺🇦🇺🇦🇺🇦❤️
Não seria ou morrer pelo Brasil ?