O Vaticano está interessado em abrir um escritório permanente na China, um passo significativo para melhorar as relações diplomáticas com Pequim. É o que afirmou o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano.
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Historicamente, as relações entre o Vaticano e a China têm sido tensas. No entanto, o papa Francisco tem se empenhado em normalizar essas relações, baseando-se em um acordo de 2018 que trata da nomeação de bispos.
Intenções do Vaticano e abordagens diplomáticas
“Há muito tempo esperamos poder ter uma presença estável na China”, declarou Parolin, ao mencionar que o Vaticano está aberto a explorar novas abordagens diplomáticas para alcançar esse objetivo.
Recentemente, o Vaticano conseguiu autorização para manter um representante papal no Vietnã. Trata-se de um país comunista que, assim como a China, não tem relações diplomáticas formais com o Vaticano.
As negociações com a China
“A forma pode ser diferente, não vamos nos fixar em apenas um caminho”, explicou Parolin, ao comentar o possível acordo com a China.
O cardeal também destacou que o reconhecimento do Conselho dos Bispos Chineses, controlado pelo Partido Comunista Chinês, é um ponto em discussão e está em processo de negociação.
Conferência e participação de figuras-chave
Parolin fez essas declarações durante uma conferência, organizada pelo Vaticano sobre a Igreja Católica na China. O objetivo do evento é fortalecer a relação com o país.
Entre os participantes estava o bispo Joseph Shen Bin, de Xangai, nomeado pelas autoridades chinesas sem a consulta prévia ao Vaticano. Isso parece violar o acordo de 2018. Contudo, Francisco validou essa nomeação retroativamente no ano passado.
Posicionamento do Vaticano e perspectivas futuras
Apesar de críticas de católicos ao acordo sobre os bispos, o Vaticano afirma que é uma maneira imperfeita, mas necessária, de dialogar com as autoridades chinesas em benefício dos católicos no país.
Em uma mensagem de vídeo para a conferência, o papa Francisco mencionou que a Igreja Católica tem avançado na China e em outros locais por “caminhos imprevistos, mesmo em tempos de paciência e provação”.
Estima-se que haja entre 10 e 12 milhões de católicos na China.
“Negociar” com a China é entregar o que eles querem e não receber nada em troca, nem mesmo promessas. Esse papa de viés totalmente esquerdista também quer “se aproximar” da China como todo esquerdista subdesenvolvido quer.