Os venezuelanos terão que receber doses de reforço da vacina contra o coronavírus a cada quatro meses, anunciou o presidente Nicolás Maduro.
O anúncio de Maduro aconteceu durante um pronunciamento à nação em rede aberta de televisão, na última terça-feira, 15, justamente para fazer um balanço do combate ao coronavírus no país.
“A partir de agora e até novo aviso, até que se descubram medicamentos que curem o coronavírus como mais uma gripe, ou até que chegue o momento que se produza uma vacina que dê ao corpo imunidade total por muito tempo, vamos ter de aplicar vacinação de reforço de quatro em quatro meses”, declarou o presidente venezuelano.
“Toda a população deve submeter-se à vacinação de reforço para que possamos continuar a controlar o coronavírus e continuar com as nossas atividades sociais e econômicas”, acrescentou Maduro.
Segundo dados divulgados pelas autoridades venezuelanas, o país contava, até a última terça-feira, com 518.750 casos de covid-19. Ao todo, 5.661 mortes associadas ao novo coronavírus foram registradas na Venezuela desde o início da pandemia.
A Venezuela está em confinamento preventivo da covid-19 desde março de 2020. As autoridades locais alegam que estão próximas da vacinação total da população adulta e afirmam ter o índice de 60% de vacinados na faixa de 2 a 17 anos.
“Faço um chamado a meninos, meninas e jovens, para colocarmos as vacinas em escolas para conseguirmos 100 de vacinação”, declarou o presidente.
Na última semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou atrás e decidiu recomendar a aplicação da dose de reforço contra a covid-19. Um grupo de especialistas convocados pelo organismo disse que “apoia fortemente o acesso urgente e amplo” ao reforço da vacinação.
Em comunicado, a entidade manifestou que o grupo de especialistas concluiu que a imunização contra a covid-19 fornece altos níveis de proteção contra doenças graves e morte, em meio à circulação global da variante Ômicron.
Faltou informar qual marcas de vacinas são usadas na Venezuela.