O advogado do candidato da oposição venezuelano Edmundo González Urrutia, José Vicente Haro, se reuniu nesta quarta-feira, 4, com o procurador-geral Tarek William Saab para justificar a ausência do político nas três convocações de depoimento ao Ministério Público do país.
A ausência do opositor do ditador Nicolás Maduro levou a Justiça venezuelana a pedir a prisão de González, que não é visto em público desde o dia 30 de julho. Ele não havia atendido às solicitações por “falta de garantias” de segurança.
A investigação que motivou o pedido de prisão está relacionada à publicação das atas eleitorais usadas pela oposição para contestar a reeleição de Maduro em um site. Por temer represálias, González está escondido há mais de um mês.
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Antes de entrar no prédio do Ministério Público, Haro explicou que o documento justificava as ausências de González e que ele estava disposto a responder aos questionamentos do procurador-geral.
“Em termos gerais, [o documento] contém as razões do ponto de vista constitucional, jurídico e legal pelas quais ele não compareceu ao Ministério Público, à representação que foi indicada”, disse. “[…] Há uma situação de indefensibilidade, de impossibilidade de garantir seu direito à defesa, ao devido processo.”
Advogado de González relata dificuldades em entrega de justificativa
Durante a tentativa de entrega do documento ao procurador-geral, Haro disse ter enfrentado obstáculos burocráticos, como a recusa inicial em receber o documento devido à falta de autorização correta e a problemas técnicos com o sistema do governo.
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Depois de ser solicitado a retornar mais tarde, o advogado não conseguiu recuperar a cópia do depoimento que tentou entregar, o que evidencia as dificuldades enfrentadas pela defesa de González para se defender das acusações do regime chavista.