Uma militar das Forças Armadas da Venezuela recusou-se a cumprimentar a principal opositora da ditadura, María Corina Machado, no momento em que esta última chegava para votar nas eleições presidenciais deste domingo, 28. O ditador Nicolás Maduro compareceu às urnas mais cedo.
Nas imagens, veiculadas ao vivo pela emissora VPI, é possível ver María Corina, de branco, estendendo a mão para a militar. Em resposta, a oficial venezuelana abaixa a cabeça e direciona o corpo para a direção contrária à opositora de Maduro. María Corína fica com a mão estendida por cerca de dois segundos, depois desiste. Ela segue em direção a outra militar, logo à sua frente, que também desvia o olhar. Apenas duas fiscais, não vinculadas diretamente às Forças Armadas, cumprimentam María Corina.
Assista ao vídeo de María Corina
#PresidencialesVE2024 | Momento en que una militar rechaza el saludo con la mano de la líder opositora, María Corina Machado (@MariaCorinaYA).
— VPItv (@VPITV) July 28, 2024
Reporte de @fertineo
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Ao perceber que María Corina entra no prédio, o grupo de militares se amontoa em frente à porta. Na transmissão, os jornalistas dizem que essa medida é para impedir a imprensa de registrar o momento.
“Mas o mundo inteiro está assistindo”, acrescenta o jornalista. “Vejam essa situação. Nunca havíamos visto isso antes.”
O que diz Maduro sobre o pleito
O ditador Nicolás Maduro afirmou que respeitará o resultado das eleições na Venezuela, a serem concluídas neste domingo. Ele proferiu as declarações nesta manhã, pouco antes da abertura oficial das urnas.
Incomodado com as perguntas dos jornalistas, Maduro questionou uma repórter: “Você escutou o que eu disse?”. O chavista também se declarou o único candidato perseguido internacionalmente, em razão das críticas sobre seu governo autocrático.
Maduro está visivelmente esgotado. Essas foram suas palavras ao sair da seção eleitoral. Fala sem convicção alguma. Ele sabe, desde 2013, que jamais venceria uma eleição limpa. pic.twitter.com/mxF9J04x0i
— Leonardo Coutinho (@lcoutinho) July 28, 2024
Opositores viram alvo
O regime de Maduro ampliou a perseguição política a opositores nos últimos meses, especialmente contra aqueles envolvidos na campanha eleitoral. A oposição, liderada por Edmundo González e María Corina, pediu que eleitores acompanhem a auditoria das urnas.
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Na Venezuela, bocas de urna são proibidas, e os resultados só são divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). As urnas fecham às 19h, mas a votação continua até o último eleitor na fila votar. Espera-se que os resultados sejam divulgados na madrugada da segunda-feira 29.