No último sábado, 16, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse estar preocupado com os últimos relatos sobre Mariupol, cidade localizada a 630 quilômetros de Kiev. Isso porque os soldados russos intensificaram seus ataques em diversas regiões da cidade.
“A situação em Mariupol continua tão grave quanto possível”, alertou o líder ucraniano, em comunicado divulgado nas redes sociais. “A Rússia está deliberadamente tentando destruir todos os que estão na cidade.”
E há motivos para preocupação. Um vídeo divulgado nesta terça-feira, 19, pelo Ministério da Defesa da Ucrânia, mostra parte de Mariupol em escombros. “Aqui, nem as pedras sem rendem ao inimigo”, escreveu a pasta, no Twitter.
Invictus Mariupol. Here, even the stones do not surrender to the enemy.
#ArmUkraineNow pic.twitter.com/U41cCu3U1f
— Defense of Ukraine (@DefenceU) April 19, 2022
Os moradores da cidade, que eram mais de 400 mil antes da invasão, agora somam apenas 100 mil. Eles estão sem energia, água e tratamento médico desde o início de março. Em razão dos saques praticados pelos militares russos nos supermercados, não há alimentos nem medicamentos suficientes.
Para os ucranianos, a permanência em Mariupol tornou-se um símbolo de resistência nacional. Na semana passada, o comandante do batalhão paramilitar Azov na cidade, Denys Prokopenko, divulgou um vídeo em que diz: “Homens reais escolhem o caminho da guerra”. Ele também denunciou os soldados que se renderam e disse que esses militares escolheram “o caminho da vergonha”.
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Tiveram a chance de se renderem e agora vem com esse papo de honra aí. Tudo tem um limite, além desse limite não é desonra, é estupidez. Esse procedimento só se justificaria se não houvesse outra alternativa, dentro das normas da guerra.
Putin, se vencer, terá uma vitória de Pirro. É tão criminoso e sanguinário como Hitler.