Ghislaine Maxwell, ex-socialite britânica, foi condenada a 20 anos de prisão nesta terça-feira, 28. A mulher, de 60 anos, é viúva do financista Jeffrey Epstein. Ghislaine ajudou o ex-companheiro, que morreu em 2019, a controlar um dos maiores casos de exploração sexual dos EUA, em que as vítimas eram meninas menores de idade.
“Esta sentença responsabiliza Ghislaine Maxwell por praticar crimes hediondos contra crianças”, disse o procurador norte-americano Damian Williams, durante o julgamento. “Ninguém está acima da lei.” A pena que Ghislaine recebeu foi menor do que a pedida pela promotoria: 30 anos de prisão. A ex-socialite manteve por muitos anos um relacionamento com Epstein.
Presa desde 2020, Ghislaine foi condenada, segundo as denúncias da promotoria, por auxiliar Epstein a praticar abusos contra menores por muitos anos. “Sem ela, nada disso teria acontecido”, afirmou o procurador.
Em julho de 2019, Epstein, de 66 anos, se enforcou na própria cela onde aguardava o julgamento por crime de tráfico sexual. A defesa da ex-socialite afirmou que o julgamento dela só se tornou importante depois da morte do empresário. Desse modo, sempre a apresentaram como uma “facilitadora” dos abusos sexuais que eram organizados pelo companheiro.
No entanto, a promotoria considerou ofensivo o fato de a defesa afirmar que Ghislaine seria condenada pelos crimes do financista. O julgamento durou dez dias, ouviu 24 testemunhas e quatro acusadoras. Duas mulheres disseram que foram abusadas sexualmente por Epstein quando tinham 14 anos.
Uma delas disse que Ghislaine estava presente em todos os abusos. A outra afirmou que a ex-socialite a estuprou. A defesa da ex-socialite ainda pode recorrer da sentença.
Entenda o caso
Em 1991, Ghislaine foi morar nos EUA. Nascida no Reino Unido, a mulher trabalhou no mercado imobiliário, onde conheceu Epstein — popular na sociedade nova-iorquina por ser um rico investidor em Wall Street.
Em 2005, a polícia começou a investigar Epstein, depois que o pai de uma adolescente o havia denunciado. Contudo, o homem já mantinha um esquema de tráfico sexual com dezenas de meninas. O financista pagava garotas para fazer massagens, atos que, mais tarde, se tornavam relações sexuais. As mesmas meninas eram pagas para encontrar outras vítimas, estruturando assim o império do abuso.
“Ghislaine controlava todas as garotas”, disse uma das vítimas, em entrevista a rede BBC News, no ano passado. “Ela era como uma cafetina, a engrenagem da operação de exploração sexual.”
Epstein também foi acusado de manter duas pequenas ilhas, que pessoas influentes frequentavam, para manter relações sexuais com meninas menores de idade. Na lista de personalidades está o príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II. Andrew, inclusive, responde a uma acusação por abuso sexual da norte-americana Virginia Giuffre.
O caso aconteceu em 2001, quando a mulher era menor de idade, com apenas 17 anos. A jovem abriu processo contra Andrew na metade do ano passado. Virginia contou que foi obrigada a ter relações sexuais com o príncipe há mais de 20 anos. Ela ainda afirma que os encontros entre os dois aconteceram na casa de Ghislaine. Em janeiro deste ano, o filho da rainha abriu mão dos títulos militares e dos cargos honorários. Ele nega as acusações.
SEMPRE OS DEMOCRATAS !! os limpinhos…empáticos.
Além de tudo, conforme artigos que li, eles atraiam personalidades influentes do planeta para as festas que promoviam. Estas personalidades eram filmadas e fotografadas em situações comprometedoras e então passavam a ser manipuladas por meio de chantagens.
Falta nessa lista muita “gente boa”. Deveriam olhar com lupa o que faziam na mansão do figurão determinados poderosos, dentre esses, alguns que ainda dão as cartas no planeta.
Sim, figuras como Bill Clinton e príncipe Andrew eram “convidados” frequentes nas propriedades do Jeffrey Epstein.