A Justiça britânica emitiu nesta quarta-feira, 20, a ordem formal que autoriza a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, aos Estados Unidos.
Ele será julgado por espionagem, devido à publicação de milhares de documentos secretos a partir de 2010.
A ordem será enviada para a ministra do Interior, Priti Patel, que tem a última palavra em qualquer extradição. A defesa de Assange pode apelar até 18 de maio por meio de uma revisão judicial, que envolve um juiz examinando a legitimidade da decisão de um órgão público.
A etapa processual, no que tem sido uma batalha legal de longa data, foi anunciada em uma audiência no centro de Londres.
Assange, de 50 anos, é procurado nos Estados Unidos por 18 acusações criminais, incluindo violação de uma lei de espionagem, depois que o WikiLeaks publicou milhares de arquivos secretos dos EUA em 2010.
O governo norte-americano afirma que o australiano não é jornalista, e sim um hacker, que colocou em perigo a vida de vários informantes ao publicar documentos completos, sem edição.
Se for declarado culpado, Assange pode ser condenado ao máximo de 175 anos de prisão, em um caso em que as organizações de defesa dos direitos humanos denunciam como um ataque à liberdade de imprensa.
No dia 14 de março, a Suprema Corte britânica rejeitou um recurso de Assange para apelar contra a extradição.
Assange está em uma prisão no sudeste de Londres desde 2019 e, antes disso, escondeu-se na Embaixada do Equador na capital britânica por sete anos.
Em janeiro de 2021, a Justiça britânica havia negado a extradição, justificando que o estado de saúde dele estava muito frágil.
WikiLeaks
O Wikileaks publicou mais de 250 mil telegramas diplomáticos e cerca de 500 mil documentos confidenciais sobre as atividades militares norte-americanas no Iraque e no Afeganistão durante a chamada “guerra ao terror”, incluindo denúncias de crimes de guerra.
Assange inicialmente fez parceria com jornais, como o Guardian, para selecionar os telegramas, mas posteriormente acabou por publicá-los.
Graças a Deus! Tomara que seja condenado à morte.
Se ele tivesse escolhido o Brasil, estaria nos braços dos esquerdistas.
Se tivesse vindo para o Brasil estaria livre e curtindo uma praia. Essa desculpa de jornalista ia colar certinho.
Pro Allan não colou.