O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu nesta segunda-feira, 28, que a União Europeia (UE) permita a adesão imediata de seu país ao bloco. “O nosso objetivo é estar ao lado de todos os europeus e, mais importante, ser igual”, disse Zelensky. “Estou certo que é justo. Estou certo que o merecemos.”
Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, respondeu a Zelensky que a decisão está gerando “opiniões diferentes” entre os Estados-membros da UE. A intenção de a Ucrânia aderir à UE esteve na origem de uma revolta que levou ao afastamento do presidente Viktor Yanukovych (pró-Moscou), em 2014.
Zelensky apelou ainda aos soldados russos para que deponham as armas. “Larguem as armas, saiam daqui, não acreditem nos vossos comandantes, não acreditem nos vossos propagandistas. Salvem apenas as vossas vidas”, disse Zelensky, numa mensagem em russo, citado pela agência francesa AFP.
Quinto dia de ataques
O Estado-Maior da Ucrânia informou nesta segunda-feira, 28, que a ofensiva russa desacelerou. Representantes diplomáticos dos dois países estão na fronteira com Belarus para negociar um possível acordo de cessar-fogo.
“As forças inimigas, contudo, permanecem tentando obter êxitos em algumas áreas”, comunicou a Ucrânia. Desde a semana passada, militares e civis ucranianos lutam para tentar defender o país de uma violenta invasão russa.
Segundo as Forças Armadas da Ucrânia, a madrugada de hoje registrou bombardeios em Zhytomyr e Chernigov, cidades ucranianas. “Os russos executaram um ataque com míssil contra edifícios residenciais”, ressaltou.
Até o momento, a capital, Kiev, e a segunda maior cidade do país, Kharkiv, permanecem sob controle dos ucranianos. Além disso, a União Europeia lançou mão de uma série de sanções econômicas contra a Rússia.
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