Nesta quinta-feira, 16, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), censurou um livro sobre Eduardo Cunha.
Mais cedo, o juiz do STF determinou o recolhimento de exemplares do Diário da Cadeia, do escritor Ricardo Lísias, que assinou a obra com o pseudônimo do ex-presidente da Câmara.
Além disso, o juiz do STF mandou a editora Record retirar a assinatura “Eduardo Cunha (pseudônimo)” do título, bem como menções em seu site que liguem o nome do ex-deputado ao livro.
“Extrai-se do contorno realizado pela origem que a produção do referido livro induz o público ao erro, uma vez que sua redação e apresentação criam a impressão de que Eduardo Cunha é o verdadeiro autor da obra”, argumentou Moraes. “Observa-se que há uma exposição ao nome do autor que ultrapassa o mero direito à liberdade de expressão.”
Livro censurado por Alexandre de Moraes
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O livro foi publicado em 2017, em meio à crise política que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Naquele ano, Cunha chegou a conseguir uma liminar para proibir a circulação da obra, mas a sentença foi derrubada logo depois.
Entre os condenados na ação está o jornalista Carlos Andreazza, colunista do jornal O Estado de S. Paulo e da Bandnews FM, que era editor do livro à época da publicação. Em sua atuação na imprensa, Andreazza tem sido um crítico recorrente de Moraes.
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George Orwell foi cirúrgico em seu livro “1984”….
Pois Alexandre de Moraes deu mais um passo na censura. Desta vez se espelhou no Index Librorum Prohibitorum de 1559 decretado pelo dogma supremo sob penas severas. A Inquisição promovia espetáculos queimando em praça pública os livros tidos como “perigosos” segundo o inquisidor. A Inquisição perdurou séculos, e não foram poupados pensadores como Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Giordano Bruno, Nicolau Maquiavel, Espinosa, John Locke, Denis Diderot, Blaise Pascal, Rousseau, Montesquieu, que fizeram parte da lista do Index. Assim, Moraes além de bloquear contas na internet, ele adicionou ao seu index a modalidade livros, mandando recolher “Diário da cadeia”, de 2017 – escrito por Ricardo Lísias sob o “pseudônimo” de Eduardo Cunha. Com certeza virão outros enquadramentos, ou não? Fica perigoso quando a verdade incomoda.
Eduardo Cunha presidiu a Câmera e sabe muito sibre o bando ditador no poder e não por acaso nosso ditador mor do galinheiro o freia … inútil a merda fede e o bicho vai pegar com os algozes do povo pagando seus crimes … tua hora está chegando Xandão.
Alguém avisa ao Alexandre, o minúsculo, que crime não o crime de “extrapolaçãoo da liberdade de expressão”. O crime em questão é falsidade de ideológica. E, dependendo do texto, pode haver de injúria e difamação.