A base governista no Congresso está “confusa”, com muita insatisfação e inquietação em relação à medida provisória (MP) que trata da reestruturação dos ministérios. A informação foi divulgada, nesta quarta-feira, 31, pelo líder do “superbloco” da Câmara, deputado Felipe Carreras (PSB-PE).
Mais cedo, os líderes da base participaram de uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O tema do encontro foi a aprovação da matéria.
O governo enfrenta uma prova de fogo para aprovar a matéria, pois a MP caduca na quinta-feira 1°. Desse modo, o texto tem apenas algumas horas para ser aprovado na Câmara e no Senado.
A medida aumentou de 23 para 31 ministérios na terceira gestão petista. Na prática, o número é ainda maior: 37, pois existem seis órgãos com status de ministérios.
Inicialmente, o texto substitutivo do relator deveria ser votado na noite da quarta-feira 30. Contudo, Lira adiou a votação para esta quarta-feira, 31. A avaliação era que o clima não estava bom para o governo e a MP poderia ser reprovada.
O fato preocupou o governo petista, que agora corre contra o tempo a fim de aprovar a matéria nas duas Casas o mais rápido possível. Até mesmo a discordância em relação ao relatório, produzido pelo deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), foi deixada de lado para aprovar a questão.
Carreras avaliou ainda que, até esta tarde, a MP corre o risco de ser reprovada na Câmara. Assim, não seria encaminhada ao Senado — marcando mais uma derrota do presidente Lula.
Segundo Carreras, mais cedo, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), fez um apelo aos líderes que compõem a base para que refletissem acerca da aprovação da matéria.
“Agora os líderes, que poderiam votar contra a MP dos Ministérios, estão conversando com suas respectivas bancadas para aprovar a matéria”, explicou o líder do “superbloco”. “O Lira está tendo muita isenção, deixando a cargo dos líderes. O blocão não pretende apresentar destaque, e o PT deve seguir o mesmo caminho. Por ora, a MP corre risco de não ser aprovada.”
Nesta tarde, Lira deve se reunir com o presidente Lula para tratar da aprovação da matéria. Conforme interlocutores, o deputado alagoano pode levar o descontentamento dos deputados em relação às emendas que não foram pagas desde o fim do ano passado.
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Eles sabem que estarão metendo a mão no bolso dos seus eleitores.
O congresso tem uma chance de ouro para mostrar ao que veio!
100%. Seu comentário sumariza tudo
Carreta furacão morro abaixo
A oposição deveria fazer obstrução e deixar essa MP caducar! É hora de mostrar a indignação ao governo!
Tem que ser reprovada. Nosso dinheiro não é capim. Chega desta exploração.
Agora já podemos pedir para o lula fazer o ELI?