A CPMI do 8 de Janeiro propôs um acordo de delação premiada ao sargento do Exército Luis Marcos dos Reis, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Até o momento, contudo, a defesa do militar não se manifestou em relação à proposta.
Desde maio deste ano, ele está preso preventivamente por suspeita de envolvimento em um esquema de fraude no cartão de vacinação do ex-presidente e de seus familiares. O sargento era subordinado ao tenente-coronel Mauro Cid, que comandava Ajudância de Ordens da Presidência da República.
Conforme apurou a coluna, até o momento, a CPMI não vê disposição de cooperação da parte de Reis. O sargento prestou depoimento ao colegiado em 24 de agosto deste ano. Na ocasião, ele negou qualquer participação no esquema das carteiras de vacinação.
O militar também é investigado no inquérito relacionado às invasões que aconteceram em Brasília, em 8 de janeiro. Ele participou da manifestação que resultou na invasão dos prédios localizados na Praça dos Três Poderes, tendo, inclusive, admitido a participação à CPMI.
De acordo com o militar, ele subiu a rampa do Congresso Nacional, mas não invadiu o prédio. O convite para ir ao local teria partido de sua mulher e ele o aceitou, pois tinha “curiosidade”.
Mensagens trocadas entre o militar e alguns conhecidos no WhatsApp mostram que, ao chegar ao Congresso, Reis disse que a manifestação foi “linda”. O militar declarou que chegou à Praça dos Três Poderes depois da invasão ao Congresso Nacional e que não testemunhou a depredação.
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