O advogado Eduardo Pedro Simão, que atua na defesa de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), pretende pedir ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a reconsideração da prisão de Vasques.
De acordo com a defesa, a prisão preventiva não deve ser feita com “base em fatos passados”. Na manhã desta quarta-feira, 9, a Polícia Federal (PF) prendeu preventivamente o ex-diretor da PRF em Florianópolis, em Santa Catarina. Vasques foi detido em uma investigação que apura suposta interferência no segundo turno das eleições de 2022.
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Entre os crimes investigados estão prevaricação (que é quando um servidor público deixa de exercer o seu dever), violência política e impedir ou atrapalhar a votação.
A defesa argumenta que não sabe o motivo da prisão. O inquérito corre em segredo de Justiça. Contudo, conforme Oeste apurou, parte das investigações tem como como base reportagens publicadas pela imprensa.
Além a prisão de Silvinei Vasques, a PF cumpre dez mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em três Estados: Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte.
Quase 50 agentes da PRF ainda devem ser ouvidos pela PF, no âmbito da Operação Constituição Cidadã, entre eles, ex-diretores da corporação. O leitor pode conferir os nomes dos alvos neste link.
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Curioso isso: Todos ou quase todos que se envolveram com o Bolsonaro durante seu governo, estão indo em cana. O que está acontecendo e, nesse caso, nunca custa perguntar: Por que o Bolsonaro ainda não foi preso, já que seus colaboradores estão sendo detidos? Eu só queria entender isso daí.
Em vão. Vivemos num estado de exceção.