Cinco frentes parlamentares fizeram uma nota pública conjunta contra a aprovação do Projeto de Lei (PL) da Censura. No documento, os colegiados listaram algumas razões pelas quais orientam voto contrário à proposta. Conforme as bancadas, o texto “cria sérias ameaças à pluralidade de ideias e aos valores cristãos”.
“Não se pode admitir que se deleguem às plataformas digitais o que deve, ou não, ser divulgado, uma vez que, para não correrem riscos, estas optarão por vetar o conteúdo”, argumentaram. “É preocupante que se aumentem as competências do Comitê Gestor da Internet, órgão atualmente comandado por indicação de grupos que combatem os valores cristãos.”
As bancadas destacam que é inadmissível dar um “cheque em branco” para o governo Lula definir por decreto como e quem vai regular as plataformas digitais. “Fica claro na última versão do projeto que parlamentares não terão liberdade de expressão plena e essencial para garantir a democracia brasileira”, continuaram.
De acordo com as frentes parlamentares, é “antidemocrático” que os deputados governistas usem os ataques às escolas e os abusos nas redes sociais contra crianças, para “flexibilizar direitos fundamentais, como a liberdade de expressão e religiosa”.
O documento é assinado pelas seguintes bancadas: Evangélica; Católica; Família; Contra a Sexualização Precoce de Crianças e Adolescentes; e Contra o Aborto e em Defesa da Vida.
Votação do PL da Censura pode ser adiada
O PL da Censura deve ser votado nesta terça-feira, 2, na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), convocou uma reunião com líderes partidários antes da sessão para decidir se o ato será adiado.
Lira tenta chegar a uma margem de votos mínima para aprovar a proposta. O deputado alagoano pretende adiar a votação, se concluir que o encontro com os líderes partidários não surtiu efeito.
A preocupação do presidente da Casa com a proposta aumentou nos últimos dias —principalmente depois que o presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira, orientou o partido a votar contra o PL da Censura.
A Frente Parlamentar Evangélica também se posicionou contra a proposta. A bancada ainda foi além e fez um trabalho de bastidor, articulando com diversos deputados a mobilização de uma base forte contra a proposta.
Segundo interlocutores, a Frente Evangélica já conseguiu o apoio de 257 deputados. Caso esse número seja confirmado, o PL da Censura pode não ser aprovado. O governo precisa de maioria simples na Câmara — 257 votos de 513 deputados.
Contudo, com os números angariados pela FPE, restariam apenas 256 votos para o governo petista — um a menos do que o necessário para a aprovação.
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Só vão votar depois de comprar todos os parlamentares, isso não dá pra acreditar, não respeitam as datas imposta por eles mesmo, não votaram na urgência, porque não tem pressa mais?
Como diz o ditado “cala boca já morreu…
Não passará. Ou vão sentir o retorno nas urnas!!!;