Aliados do governo Lula intensificaram nos últimos dias a pressão para barrar a instauração da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. De autoria do deputado federal André Fernandes (PL-CE), o pedido da comissão foi protocolado na terça-feira 28, com a adesão de 189 deputados e 33 senadores.
Ainda na terça-feira, o líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PT-PR), afirmou que está fazendo um esforço “muito grande” para convencer aqueles parlamentares que assinaram a CPMI “de forma desavisada” a retirar seu apoio em tempo. Zeca ainda disse que trabalha com a ajuda do deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Casa.
Até o momento, a ostensiva do governo resultou no recuo de dois deputados: Célio Silveira (MDB-GO) e Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ). Ambos retiraram as assinaturas na quarta-feira 1°. No mesmo dia, a CPMI ganhou o apoio de outros dois senadores: Lucas Barreto (PSD-AP) e Dr. Samuel Araújo (PSD-RO).
O número de deputados que aderiram à comissão também aumentou, mas o autor da proposta decidiu não divulgar os nomes. Fernandes teme que o lobby do governo chegue até os parlamentares.
“O governo está procurando um a um para retirar as assinaturas”, explicou o deputado cearense. “Como sou o propositor, apenas eu tenho acesso. Vou trabalhar nos bastidores e ficar nessa queda de braço com o governo até o dia da sessão conjunta. Que o governo fique na dúvida.”
O objetivo da comissão é apurar os responsáveis pelos atos de vandalismo registrados nas sedes dos Três Poderes. A CPMI quer investigar se houve leniência do governo com quem destruiu os prédios públicos.
A guerra para a instauração
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que, se a CPMI tivesse as assinaturas necessárias, plano de trabalho e verba definida, seria instaurada. Para ler o requerimento da comissão, Pacheco precisa convocar uma sessão do Congresso Nacional. De acordo com Fernandes, a CPMI será lida na primeira sessão conjunta da Casa, ainda sem data definida.
“Até o dia anterior da sessão, os parlamentares poderão assinar ou retirar assinatura. Não descansaremos até lá”, concluiu Fernandes.
No Senado, o regimento interno manda o presidente da Casa ler todos os pedidos de comissões que tenham pelo menos 27 assinaturas, prazo e objeto determinados. Na prática, essa decisão é política.
Ainda que Pacheco leia o pedido no plenário, o que marcaria oficialmente a abertura do processo, os líderes dos blocos partidários podem inviabilizar a comissão, não indicando integrantes para compor a mesma.
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O medo é tanto que devem pagar alguns milhões para calar os corruptos que assinaram a cpi. Sabem que a destruição foi mandado por eles
Sabem que se a CPI for instalada eles estão perdidos. Vão conseguir, é só melhorar a oferta.
Deve estar custando caro comprar estas desistências…
Espero que o Lula e sua turma tenham o que merecem ainda neste ano!
O PT sabe que a CPMI vai mostrar que os caras que depredaram já estavam lá fazendo quebra quebra quando os manifestantes, devidamente orientados pela PM chegaram ao congresso, e os caras que estavam na frente do QG não saíram de lá, mas o ditador do STF prendeu todos e a globo chamou todos de criminosos terroristas. Por isso não quer uma CPMI. Aquilo tudo foi arquitetado pelo governo .
Querem barrar porque as invasoes/destruiçoes foram organizadas pelo STF / LULADRAO / DINO / PT / PIÇOL… Os perpetradores foram a MILICIA NACIONAL (leia-se PCC / CPX) do PRESIDENTE-IMPOSTOR
É impressionante a oposição não ganha uma eu acho que muita gente vai tirar as assinaturas recebendo alguma vantagem do governo corrupto
Precisa desenhar?
Francisco Bicudo
Infelizmente, no congresso nacional, ainda vale muito aquela máxima: “todo homem tem seu preço!” Triste e pobre Brasil! Caráter não é para quem quer ter, mas para quem já tem, de berço!
Queremos a verdade e estou bem atento ao voto do deputado e senador do meu estado.
Se retirarem o voto dessa cpmi na próxima eleição digam adeus.
Certíssimo!