O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai devolver, nesta segunda-feira, 31, uma onça de ouro à Arábia Saudita. Trata-se de uma orientação da Receita Federal.
Nesta manhã, Haddad recebeu o objeto do ministro do Investimento saudita, Khalid Al Falih, em São Paulo. Ainda não há uma avaliação do valor da estátua.
“A oferta de presentes a autoridades públicas deve ser feita com aviso prévio ao cerimonial do órgão público agraciado”, informou a Fazenda em nota. “Por esse motivo, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, orientou o ministro devolver a estátua à embaixada da Arábia Saudita em Brasília, o que será prontamente atendido.”
A pasta destaca ainda que, caso os sauditas queiram reenviar a onça a Haddad, devem cumprir os “trâmites exigidos pela legislação brasileira”.
“O ministro Haddad agradece a visita do ministro de Investimentos da Arábia Saudita”, concluiu a Fazenda. “Hoje, Haddad teve a oportunidade de explicar pontos do plano de transição ecológica do governo brasileiro e de ouvir sobre o interesse a respeito das oportunidades de investimentos que o pacote pode atrair”, concluiu a Fazenda.
Não é a primeira vez que um presente da Arábia Saudita faz os ânimos políticos animarem. O ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, é investigado por receber joias e outros objetos valiosos do mesmo país. Bolsonaro, no entanto, é acusado de desrespeitar os trâmites legais da Receita.
O ex-chefe do Executivo teria tentado retirar os presentes antes de viajar do Brasil até os EUA, em dezembro de 2022. Segundo a Receita, o valor total dos presentes estão estimados em R$ 5 milhões.
A coluna No Ponto analisa e traz informações diárias sobre tudo o que acontece nos bastidores do poder no Brasil e que podem influenciar nos rumos da política e da economia. Para envio de sugestões de pautas e reportagens, entre em contato com a nossa equipe pelo e-mail [email protected].
As regras sobre brindes e presentes são confusas em toda a administração pública. Exemplificando: há muitos presentes que não podem ser devolvidos, como viagens caras; adulações de pressuposto mérito como honrarias; comidas e bebidas caras digeridas; shows realizados; etc. As Comissões de Ética ficam com a trincha na mão, porque têm que deliberar sobre coisas complicadas e aos montes, normalmente de gente importante, que influencia direta e indiretamente sobre seus trabalhos. Legislar sobre isso deveria ser simples, mas não é, porque todas as organizações internamente (e silenciosamente) reagem contra quem busca uma solução. Toda pessoa que recebe um presente caro deveria entender que, se ele é uma exaltação por seu cargo, deveria ser recusado, doado ou sorteado, caso não possa ser devolvido, porque sua integridade e sua honra também são valiosas e não podem ser negociadas.
Objetos e obras de artes, deveriam ficar no acervo do governo ou fazer um leilão e o valor arrecadado, destinar a instituição e hospitais de tratamento de crianças e adultos com câncer.
Eis uma ótima solução.
Devolveu devido a recente e ridicula acusações ao Presidente Bolsonaro por irregularidades infundadas. Agora, ficaram com vergonha. Pergunta ao Lula Larapio o que faria?
Até tu, Brutus….
Kkk… O Amigo da Onça.
Essa estátua não é de uma onça ou jaguar (Panthera onca) , é de um leopardo-árabe (Panthera pardus nimr) !