A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) repudiou ofensas contra judeus do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), neste domingo, 24.
Há quatro dias, o advogado Hariberto de Miranda Jordão Filho pediu a expulsão de todos os judeus da presidência das comissões e da diretoria do IAB. Filho associou judeus a “imundícies” e “sionistas”.
Denunciado pela Federação Israelita do Rio de Janeiro, em virtude de falas supostamente discriminatórias em 2023, Filho classificou o processo de “vil, covarde e desleal”. Ele disse ainda ser vítima de uma “clara e indevida perseguição política, ideológica, religiosa, cultural e até mesmo profissional”.
“O Conselho Federal e o Colégio de Presidentes das Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) jamais aceitarão que o antissemitismo ou qualquer outra manifestação de ódio floresça na advocacia nacional”, informou a OAB, em nota.
Após caso IAB, OAB já fala em providências
Conforme a OAB, a seccional do Rio de Janeiro já está “tomando as medidas cabíveis” para apurar a conduta do advogado, por “mensagens de ódio e discriminação contra colegas judeus”.
“Neste momento, nos solidarizamos com os colegas atacados e com toda a comunidade judaica”, ponderou a OAB. “Lembramos os crimes contra a humanidade e contra o povo judeu para que não se repitam.”
Leia também: “O Brasil com o nome sujo”, artigo de J.R. Guzzo publicado na Edição 205 da Revista Oeste
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Gostaria de crer que se trata apenas de um caso de demência senil. Porque, se não for, trata-se de mau caratismo da pior espécie.
São três reflexos imediatos:
OAB repudiá-lo expulsando-o da Ordem em rito sumário.
As agremiações judaicas processarem esse aí.
A PF Indiciá-lo por racismo.
Exatamente.