O senador petista Rogério Carvalho (SE) deve ser o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem. A oficialização do nome de Carvalho ficou para o retorno do recesso parlamentar, em fevereiro de 2024. Conforme apurou a coluna, Carvalho foi indicado pela maioria dos membros do colegiado para evitar que o posto fique com algum senador alagoano.
Autor do requerimento de instalação da CPI da Braskem, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) se movimentava para ser o relator da comissão. O presidente do colegiado foi eleito na semana passada, sendo o senador Omar Aziz (PSD-AM) e o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) como vice-presidente.
O colegiado pretende investigar a Braskem, que foi a responsável pela extração de sal-gema que ameaça desabar em Maceió, capital de Alagoas. A comissão pode tornar alvo o prefeito da cidade, João Henrique Caldas (PL), que pretende tentar a reeleição no próximo ano.
Senador aponta suspeição de Renan em CPI da Braskem
Durante a sessão de abertura do colegiado, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) criticou a possibilidade de Renan relatar a CPI.
Conforme Cunha, Renan na relatoria seria confundir a figura de investigado com investigador, uma vez que o senador foi presidente da empresa Salgema entre 1993 e 1994. Em 1996, a empresa passou a se chamar Trikem e, em 2002, se tornou a Braskem.
Apesar de o presidente decidir a pauta das sessões, é o relator quem define a linha de investigação. Desse modo, o postulante da CPI da Braskem acumulará um poder maior nas mãos.
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Senador PTista? Então não ha necessidade de CPI. Já se sabe o resultado antecipadamente.
A Odebrecht, agradece.
E preciso mudar, para as coisas em Alagoas continuarem do mesmo tamanho.