Produtos que mais contribuíram para o resultado foram milho, soja, carne bovina e carne suína
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2020 alcançou R$ 871,3 bilhões, tornando-se o maior da série histórica, iniciada há 32 anos. O crescimento real foi de 17%.
As lavouras tiveram faturamento de R$ 580,5 bilhões, alta de 22,2%, e a pecuária, R$ 290,8 bilhões, incremento de 7,9%.
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De acordo com nota técnica da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, os produtos que mais contribuíram para o resultado foram o milho, com crescimento real de 26,2%; soja, com 42,8%; carne bovina, com 15,6%; e carne suína, 23,7%.
O faturamento da soja, milho e carne bovina foi de R$ 243,7 bilhões, R$ 99,5 bilhões e R$ 126,3 bilhões, respectivamente. Destaca-se ainda a contribuição positiva da produção de ovos em 2020.
As primeiras estimativas para 2021 indicam crescimento de 10,1%. O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento.
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Prezado Afonso Marangoni. Estes artigos são realmente auspiciosos. É bom tomar conhecimento destes fatos que enaltecem nosso agronegócio e a capacidade produtiva de nossos empresários do campo. Não obstante, tenho perguntado aqui na Oeste repetidas vezes: por quê essa performance não tem reflexo nos preços ao consumidor no mercado interno? O quê justifica preços tão elevados do arroz, feijão, óleo de soja e dessas carnes bovina e suína? Se não há inflação de demanda nem tão pouco entressafras nem falta de produtos, por quê motivos amargamos preços tão altos com o maior valor da cesta básica dos últimos doze anos. Eu – particularmente- posso buscar razões no mercado internacional de comódites dolarizado e outras tantas razões( com as quais também não concordo), mas para a população ( que vota) não há remédio que justifique esse paradoxo brasileiro de produzir com eficiência , mas vender caro para seu próprio povo.
Não há paradoxo.
Existe mercado externo demandando produto nacional, seguramente temos qualidade e preço abaixo do similar de outros países. Trouxemos mais USD pra nossa balança comercial……
Se o aumento da produção não tivesse encontrado demanda externa estaria sim pressionando pra baixo o mercado interno.
A visão predatória de vender abaixo dos custos levou por exemplo arrozeiros gaúchos a migrar parte da sua produção pro soja. O desinteresse fez o produto subir. O caso da carne foi flagrante, a @ do boi ficou anos estacionada em R$150, enquanto salários e insumos subiam anualmente. Era evidente a vantagem colocada ao consumidor até que a exportação quebrou a inércia e mudou esse mercado, hoje temos novas proporções de consumo interno x exportação.
O consumidor brasileiro não se dava conta de que o churrasco era barato e a cerveja estava cara, sem equilíbrio as cadeias não se sustentam.
Então está explicado povo brasileiro: “Não há paradoxo”. Você que ganha salário mínimo ou está dependente de Auxílio Emergencial- trinta e oito milhões de brasileiros- estava comendo muito churrasco barato e tomando cerveja cara. A culpa é sua , seu brasileiro churrasqueiro e cervejeiro irresponsável.
Gostaria de parabenizar a revista oeste pelo trabalho sério, até aqui, empreendido.