Quando tratamos de clima, um dos aspectos de maior importância é entender o que ocorre com o Sol. Seus ciclos de atividade condicionam a energia que incide sobre o planeta, desde o vento solar e as partículas eletricamente carregadas aos raios ultravioleta e à banda do espectro visível. Este último é fundamental para incidir sobre o planeta, pois proporciona aquecimento da superfície e mares, essencial para a manutenção das plantas e da vida de modo geral.
Nossa estrela é uma das mais comuns encontradas pelo universo. Segundo o diagrama Hertzsprung Russell (HR), é classificada como uma G2V, ficando dentro da sequência principal de estrelas, com um raio aproximado de 695,5 mil quilômetros. O diagrama classifica as estrelas dentro da sua magnitude absoluta, cor e a temperatura de superfície que, no caso do Sol, oscila próximo de 5,7 mil graus Kelvin (algo como 5,5 mil graus Celsius).
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As observações solares de longo período começaram no século XVII, mas foi a partir de 1750 que elas permitiram determinar alguns dos seus ciclos de atividade, entre os pontos de mínimas. Assim, temos uma percepção da existência de ciclos de 200 anos, de 90 anos e os quase-periódicos ciclos de 11 anos. Estes últimos, de alta frequência, criam uma conectividade maior com o Oceano Pacífico, tendo em vista que esse oceano representa cerca de um terço da superfície do planeta e recebe uma carga de energia considerável em sua superfície, distribuída pelas latitudes que ocupa.
Como funciona a atividade solar
A atividade solar é observada pelo número de manchas encontradas na superfície do Sol. Quanto mais manchas, mais ativa a estrela se encontra e, no seu inverso, mais branda será sua atividade. Recentemente, entre o fim de 2019 ao início de 2020, o Sol passou pelo seu mínimo de atividade, conhecido como “Sol quieto”. Ali, encerrava-se o ciclo número 24, com exatos 11 anos de duração e sendo a terceira maior mínima da história dos registros, perdendo apenas para 1810 e 1823.
O ciclo 24 foi um clássico, com a redução da atividade entre a máxima e a mínima durando cerca de seis anos. Também foi um dos menores, só equiparando-se ao ciclo 14, do início do século 20, entre 1903 a 1914. Ele também fechou um ciclo maior de cerca de 90-100 anos, cujo ponto culminante mais elevado ocorreu em 1959, fazendo o Ano Geofísico Internacional ser estendido até esta data justamente para se observar a sua influência.
Para o ciclo atual, o 25, havia prognósticos de que ele apresentasse um padrão de baixa, semelhante ou até mais fraco que o antecessor. Esse padrão de um crescente de atividade mais baixa foi observado até o ano de 2022. Vale lembrar que tivemos valores recordes de frio no pólo Sul Antártico, no inverno de 2021, bem como severas frentes frias com grande deposição de neve no Hemisfério Norte.
Contudo, no ano corrente de 2023, os registros mostraram uma elevação da atividade, culminando nos meses de setembro e outubro. Segundo o Observatório Real da Bélgica, que faz estudos detalhados dos ciclos solares, essa rampante elevada da atividade solar declinou somente no fim do mês de novembro. Isso interfere nos prognósticos que são realizados para os próximos 12 meses do ciclo.
Na primeira estimativa, que se baseia apenas na série dos números observados de manchas solares, ainda haverá um pico mais elevado para os primeiros meses de 2024, apresentando uma média de 20% a 50% mais elevada que a média do ciclo anterior 24, que foi um dos mais baixos, conforme descrevemos anteriormente.
A segunda estimativa é mais modesta no prognóstico da máxima da média, deixando-a no patamar semelhante ao do ciclo 24, com um máximo suave para o meio do ano de 2024. A técnica da segunda estimativa é mais complexa, pois mistura um processo matemático de regressão, aplicado sobre a série computada do número de manchas solares, adicionando o índice geomagnético como o precursor do cálculo
A relação da atividade solar com o clima
Algumas considerações precisam ser realizadas sobre as condições solares e o clima, especialmente quando surgem confusões dos quadros meteorológicos que se apresentaram nos últimos meses.
O primeiro deles é que clima não é feito apenas de Sol, mas dos outros componentes que interferem nas escalas planetárias. Isto não inclui as atividades humanas. Estamos falando de oceanos, vulcões e, especialmente, as nuvens.
As séries de satélites que medem a nebulosidade do planeta desde o fim do século 20 já registraram uma queda na cobertura de nuvens a partir do início do século 21, especialmente as nuvens baixas do tipo Cumulus. Essa perda se manteve até o presente momento. Sabendo-se que nuvens controlam cerca de 25% a 33% do balanço total de energia do planeta, qualquer alteração no cômputo da cobertura total acarretará a variação da incidência de energia solar na superfície da Terra e, consequentemente, a variação das temperaturas do ar, como resultado de um final de todos os processos.
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As nuvens Cumulus refletem quantidade significativa de radiação solar de volta ao espaço. Com a sua diminuição, haverá mais insolação sobre a superfície, e aí que teremos a condição da atividade solar entrando no cômputo. Mesmo que a variação seja pequena, as superfícies que recebem esta carga de energia não são, especialmente quando se tratam de áreas desérticas, áreas sob a influência de anticiclones (como foi o caso no Brasil) ou outras superfícies cujas propriedades são de alta absorção de energia solar. Todas elas responderão com aquecimento da atmosfera por condução, convecção seca (ar subindo, mas desprovido de umidade) e irradiação de ondas longas das superfícies terrestres quentes. Isso refletirá nas temperaturas do ar e nas medições realizadas pelos satélites.
Como a média planetária é um enorme amontoado de tudo o que é medido por toda a cobertura do mundo (é pouco, só 510 milhões de quilômetros quadrados!!!), os quadros meteorológicos que não favoreceram a formação de nuvens responderão com valores mais altos por causa da elevada carga de radiação que receberam. Isto refletirá na média. Esse fato é facilmente observável quando conseguimos distinguir as estimativas regionais ou plotamos (grafamos) as informações em um mapa.
O Sol interfere no clima
E por que a atividade solar subindo rapidamente importa? Porque se, quando o Sol estava em baixa atividade já tínhamos um quadro de redução da quantidade de nuvens baixas (até cerca de 4 quilômetros de altura dentro da troposfera), a condição de alta atividade solar, além de descarregar mais energia, dificulta a chegada de raios cósmicos na Terra, pois a magnetosfera solar também se intensificará.
Desde meados do século 20, especialmente no fim deste, estudos demonstraram que uma faixa do espectro dos raios cósmicos galácticos são um importante influenciador no surgimento de nuvens baixas do tipo Cumulus. Com a magnetosfera solar se intensificando, o planeta Terra perderá essa componente auxiliadora de formação de nuvens. É claro que ele não é o único fator, pois a nucleação das gotas que formam as nuvens poderá surgir por outros processos, mas é fundamental sabermos que esse componente estará dirimido no próximo ano. Talvez a sua ausência possa ser compensada com fenomenal material particulado, que foi dispensado pelas atividades vulcânicas que estão em alta atualmente. É um verdadeiro jogo de compensações naturais em andamento, com o Pacífico e o El Niño trabalhando ao mesmo tempo. Essa é a beleza em observar a complexidade dos elementos que compõem o clima!
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Muitos dirão que o Sol não interfere no clima tão explicitamente. Curioso que são os mesmos que afirmam que a atividade solar atual irá interromper a internet. Então deixo ao critério dos leitores decidirem o enigma. Os cabos e as conexões de internet, altamente protegidos e muitos de forma subterrânea e oceânica, serão afetados facilmente pela atividade solar. Mas as superfícies inteiras do planeta não terão a influência da insolação, apresentando efeitos meteorológicos e climáticos?
Enquanto isso, no fim de novembro, pouco antes da COP28, o carnaval global fora de época, a mídia marrom, medíocre e corrupta que infesta o mundo, especialmente o Brasil, passou a descontar a sua fúria ambientalista insana contra o ganhador do Prêmio Nobel professor doutor John Francis Clauser por falar a verdade sobre a fraude da “mudança climática”.
Os “especialistas” que ajudaram nas críticas vazias não vão ao cerne da questão: que não há evidências que corroborem as hipóteses levantadas, especialmente porque Clauser os alfineta no âmago do problema, ou seja, de como o verdadeiro entendimento do papel das nuvens não é considerado pela turma do IPCC et caterva, justamente o que trouxemos aqui, mais uma vez! Enfim, é fácil rotular as pessoas de “negacionistas”, recebendo fundos enormes de dinheiro público para as suas pesquisas de resultados duvidosos, pois não querem admitir os que apresentam a verdade sobre o embuste climático e seus desdobramentos para toda a humanidade, não pela ação do clima, mas pelas medidas acordadas nos carnavais.
Os verdadeiros negacionista – ecochatos de plantão, terroristas climáticos – por pura prepotência e em virtude da doença mental que os assola, se recusam a entender que o planeta, e tudo mais o que o cerca, é uma entidade viva e cíclica. Apenas para arranhar a superfície dessa imbecilidade climática, basta lembrar que o planeta já passou por cinco glaciações e nunca, nenhuma delas, teve como causa as atividades humanas. O mundo está abarrotado de imbecis que se julgam inteligentes.
Toda a perfeição da natureza está sobreposta à qualquer ação humana. E quem criou toda essa perfeição, essas engrenagens harmônicas, se chama Deus Criador, Adonai.
A própria Natureza sempre possuiu mecanismos próprios devido a sua dimensão cósmica.