Há mais de 50 anos no jornalismo, Alexandre Garcia é uma das poucas vozes na mídia que falam com lucidez sobre diversos assuntos. Ao longo de sua trajetória, o gaúcho de Cachoeira do Sul foi repórter, radialista, porta-voz da Presidência e chegou ao cargo de diretor de jornalismo da Globo de Brasília.
Ao deixar a Globo, em 2018, passou a fazer comentários no quadro Liberdade de Opinião, da CNN Brasil, em 2020. Deixou a emissora dois anos depois, após ser censurado por opiniões a respeito do tratamento precoce contra a covid-19. Atualmente, escreve para o jornal Gazeta do Povo, tem um canal no YouTube e é comentarista da Jovem Pan. A Oeste, Garcia discorreu sobre o fim do consórcio de imprensa, o jornalismo e os caminhos da profissão.
A seguir, os principais trechos da entrevista.
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1 — O que é jornalismo para você?
Há mais de 50 anos na profissão, aprendi que o jornalista tem de ser escravo dos fatos. O comunicador é apenas o intermediário entre a plataforma, seja ela impressa ou audiovisual, e o público. O que se tem hoje é uma mídia tradicional muito opinativa e jornalistas se achando os donos da verdade. As redações estão povoadas de militantes. A culpa não é totalmente dessas pessoas, mas também dos professores universitários. A faculdade de hoje forma o aluno para ser um militante, com o objetivo de conquistar corações e mentes. Lembro-me de uma palestra que dei na Universidade de Brasília, onde citei dois elementos essenciais na profissão: isenção e imparcialidade. Indignado, um professor se levantou da cadeira e protestou ao dizer que ensina os seus estudantes a serem militantes ideológicos de modo a combater o “status quo opressor”.
2 — Qual a sua avaliação sobre o consórcio de imprensa e por que ele acabou?
Não dei a menor importância para o consórcio de imprensa desde que ele foi criado. Não merecia a confiança de ninguém. Supostamente fazia jornalismo independente. A razão do pool ter acabado é simples: o governo anterior caiu. Cumpriram a missão, da mesma forma que a Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19. Durante o governo Bolsonaro, a velha imprensa levou absolutamente a sério a frase do escritor Millôr Fernandes: jornalismo é oposição; o resto é armazém de secos e molhados. Até mesmo a cobertura sobre a pandemia foi deturpada, cheia de preconceitos e verdades prontas.
3 — Com o fim do consórcio, vai ter mudanças na linha editorial dos veículos de comunicação?
Vai continuar a mesma coisa, por falta de percepção da realidade. No meu grupo de amigos, apenas eu sou jornalista. Se eu conversar apenas com gente da minha profissão, vou me autoalimentar das mesmas opiniões e crenças. Os jornalistas precisam escutar as pessoas que estão na rua, em vez de ficar fechados na redação. Só virando essa chave é que vamos conseguir mudar a linha editorial. Esse é o motivo pelo qual a tiragem dos jornais e a audiência das TVs e rádios estão em queda. A rede social mudou a forma de se comunicar. Ela aproximou o emissor do receptor. A nossa imprensa vive o oposto disso.
4 — A imprensa estrangeira é melhor que a nossa?
É muito parecida, até porque nossa mídia tem espírito colonialista e copia tudo dos norte-americanos. Até os termos, os preconceitos e o politicamente correto são repetidos. Isso é carência de criatividade.
5 — Há alguma solução para os problemas da nossa mídia tradicional?
Estou pessimista quanto a soluções, porque o problema começa na faculdade, e dificilmente vamos conseguir mudar a cabeça de um professor. Trata-se de um problema sério que vai do ensino superior ao básico. Será um grande desafio obter êxito nisso, porque os professores de agora têm cada vez menos cultura. A origem disso está lá atrás, quando os seguidores de Antônio Gramsci aqui no Brasil estavam com pressa de tomar o poder. Atualmente, esse processo está mais avançado e alcança outras esferas. Desde cedo, já fazem a cabecinha das crianças nas escolas. É uma coisa assustadora e escabrosa.
Leia também: “O novo totalitarismo da imprensa”, reportagem publicada na Edição 80 da Revista Oeste
Excelente esta entrevista com um dos melhores jornalista, independente, no país do faz de contas! Concordo plenamente com a análise de que nosso problema reside num professorado cada vez mais ativista ideológico esquecendo que o Ser Humano é livre para fazer suas escolhas. Portanto os cenários devem ser pelo professor apresentado sem ideologia política aos seus estudantes.
Um dos poucos jornalistas criveis que atuam no Brasil de hoje. Iguais a ele são poucos; dá para contá-los em uma das mãos. Do lado oposto, o consórcio, incluindo- se, aí, gdes grupos de mídia e jornalistas até renomados, distorcem os fatos, desinformam, criam e divulgam fake News, não passam de militantes esquerdistas.
Prezado Alexandre Garcia.
Só li sua primeira resposta e constatei o que já sabia.
Além do mais a imprensa tradicional está cheia de cabeças ocas defendendo o socialismo sem saber nem o que isso historicamente representa. O que o socialismo (totalitarismo) fez e continua fazendo. Não funciona em nenhum lugar do mundo. É o caminho para a servidão.
Só consigo explicar isso pelo nosso padrão cultural: somos uma sociedade coletivista (Hofstede)
Os jornalistas tradicionais não viram que para “defender” a democracia usaram procedimentos totalitários.
Dou até agosto para o Brasil estar no buraco. Aí vou escrever: “Faz o L Mané agora, faz!”
Ao final, os leitores de jornais e telespectador da mídia serão. o s. j o r n a l I s t a s.
Desde que me entendo como gente, sempre fui assíduo telespectador do Alexandre Garcia. Pessoa íntegra, inteligente, independente, de personalidade forte, que sempre transmitiu os fatos da notícia de forma verídica. Por que Alexandre Garcia saiu da Rede Globo? Saiu porque a Rede Globo recebeu do primeiro governo Lula mais de R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais) para salvar aquela emissora da falência. Esse dinheiro chegou em boa hora porque o Brasil havia passado por uma das piores crises cambiais de sua história. Por que a Rede Globo dispensou Alexandre Garcia? Porque ele sempre foi um jornalista independente e combativo e estava mostrando todo o esquema de corrupção do mensalão. Isso, naturalmente, atingia, em cheio os interesses espúrios de Lula, PT e da Esquerda. Com dinheiro no bolso, as dívidas da Rede Globo foram negociadas
a prazos e condições favoráveis, daí o porquê de essa emissora preferir demitir Alexandre Garcia, jornalista combativo que ia de encontro aos interesses do PT. O caso da CNN foi uma censura imposta pelo STF que, àquela altura, juntamente, com o consórcio de imprensa, detonaram o governo Bolsonaro e jornalistas sérios. Não podemos nos esquecer daquela CPI ridícula da Covid 19 comandada por aquela escumalha composta de Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues entre outros. Resultado: a Esquerda voltou ao poder por meio de uma eleição duvidosa, Alexandre de Moraes, desde o início da pandemia, tornou-se o dono do Brasil, pelo menos é assim que ele pensa, e estamos sem governo, sem um norte. Lula, como sempre, até agora, não disse a que veio. Aumentou a máquina estatal, “emprestou” dinheiro à Argentina para construir um gasoduto. Sabe-se lá se o Brasil, algum dia, irá receber o seu dinheiro de volta e por aí o país vai afundando dia após dia. Esse texto que escrevi é o que Alexandre Garcia combate, de forma brilhante, todos os dias. Só que Alexandre Garcia vem sendo censurado há algum tempo. Não só ele, mas uma grande quantidade de jornalistas sérios que com fatos e verdades apuradas vão de encontro aos interesses corruptos da Esquerda e do PT.
Parabéns, Alexandre Garcia !!
Primeiro, Parabéns para o Alexandre Garcia.
Já faz muito tempo que não leio Jornais e nem assisto noticiários em TV.
Aliás, noticiários hoje em dia deveria ser “opiniário’. Os fatos hoje são totalmente secundários a opinião não é mais nossa, mas do comunicador ou do jornalista. Tenho a minha, é meu Inabalável direito. Não preciso da opinião de jornalista e nem de editores. São todos viciados desde a infância . Ficaram insuportáveis e até desagradáveis.
Acabou? Que sacanagem, já tem a segunda parte?
Ô CRYSTIAN!!!
Quero a parte em que o Alexandre diz que neste ano, NÃO ACEITAREMOS CONVIVER COM O PASSADO, COM OS FRACOS QUE PARA SOBREVIVEREM SE DEGRADARAM!
Ah, Ele não confirma essa opiniâo/afirmativa?
ENTÃO PODE SER UMA ELOCUBRAÇÃO, DENTRE QUANTAS DOS MANÉS!, QUE JÁ SÃO OS PUPILOS DO BARROSO, pela sua postura maternaslista.
O Bonner jamais seria um jornalista independente.
As universidades de hoje não formam jornalistas. Em vez disso, produzem JORNAZISTAS.
Os meios de comunicação evoluem minuto a minuto, quer queiramos ou não.
A imprensa tradicional escrita e TV que traíram o seu público serão substituídas em breve por outro tipo de media mais honesta e independente.
O Alexandre tem razão.
Diariamente e há muito tempo sempre ouvia os comentários no radio do Alexandre Garcia: grande jornalista, conciso, muito coerente, extremamente perspicaz. Ele é inigualável. Quanto a vacina, tratamento precoce, cloroquina, etc., sem entrar no merito de quem está certo ou errado, estamos vivendo um momento histórico “1984”, onde não se pode ter opinião divergente: hoje é proibido pensar fora do status quo. Digo apenas: o tempo é o senhor da razão, e a história dirá o que é o certo. Espere e verá no futuro o resultado dos fatos.
Hoje: é proibido ter uma posição diferente da sua?
O que é ciência?
(Carlo Rovelli: “a ciência é uma rebelião contra verdades estabelecidas”. “Em seus livros, Rovelli explica que a ciência não é um repositório de certezas, mas a comprovação de nossa ignorância.”)
(Vacina = ciência = certeza = ????????) (Sócrates: “só sei que nada sei”).
Você tem tanta certeza assim?
Não é bem assim, Lucio.
Prezado Julio, você parece um pouco estressada hoje. Não tomou sua dose diária de cloriquina? Nem o ozônio retal?
A imprensa está morrendo. Veja o histórico de tiragem de jornais impresso e o fechamento e fim das bancas de jornais: daqui a pouco tempo não vai mais existir nenhum jornal e nem banca. A imprensa, considerada de forma mais genérica, ou mídia, no computo geral, não tem mais credibilidade – uma ou outra escapa disso; e só serve de caixa de ressonância de narrativas ideológicas. Está semana no programa 360 da CNN a “ideológica” Daniela Lima discutia com os “analistas” e “especialistas” a extradição de Bolsonaro do EUA: surreal ter esta pauta num canal de TV que seja sério !!!!! Tive vontade de rir – se não fosse trágico. A midia não tem mais credibilidade e o fim dela está próximo. Dane-se os fatos. Alexandre Garcia é uma voz coerente solitária no meio deste absurdo. Parabéns Alexandre Garcia.
Quando um Jornalista, com 50 anos de experiência, vivenciando os fatos aqui no Brasil e no exterior, sempre isento, imparcial e muitas vezes batendo de frente com as preferências das emissoras pô qual passou, devo respeitar e absorver suas opiniões.
No final da entrevista quando quando fala sobre cultura dos professores, penso o seguinte, atualmente o Professor tem que ser muito preparado e capacitado, porque o aluno hoje, recebe todo conhecimento mastigado em plataformas de buscas e bate de frente com o Professor imediatamente após receber ensinamentos na aula.
As Gerações “Baby Boomer” e a “X” tiveram que pesquisar muito em Bibliotecas e em campo para se graduarem, muito diferente das Geração “Y e Z” que nasceram juntos com a Tecnologia e são mais fáceis de serem manipulados, dentro desta muitos não sabem nem diferenciar notícias tendenciosas ou fake, de notícias absolutamente reais, nua e crua.
Caso curioso desse jornalista. A imprensa que ele trabalhou a vida toda só se tornou “velha mídia” depois que ele ficou gagá e foi demitido. Um “escravo dos fatos” que defendia o tratamento precoce para covid-19. Vai entender…
Mais respeito asno encantado, aqui está a prova de que, a cada três petistas ou esquerdistas, um é exatamente tão idiota e imbecil como os outros dois.
Não é bem assim, Lucio.
Diariamente e há muito tempo sempre ouvia os comentários no radio do Alexandre Garcia: grande jornalista, conciso, muito coerente, extremamente perspicaz. Ele é inigualável. Quanto a vacina, tratamento precoce, cloroquina, etc., sem entrar no merito de quem está certo ou errado, estamos vivendo um momento histórico “1984”, onde não se pode ter opinião divergente: hoje é proibido pensar fora do status quo. Digo apenas: o tempo é o senhor da razão, e a história dirá o que é o certo. Espere e verá no futuro o resultado dos fatos.
Hoje: é proibido ter uma posição diferente da sua?
O que é ciência?
(Carlo Rovelli: “a ciência é uma rebelião contra verdades estabelecidas”. “Em seus livros, Rovelli explica que a ciência não é um repositório de certezas, mas a comprovação de nossa ignorância.”)
(Vacina = ciência = certeza = ????????) (Sócrates: “só sei que nada sei”).
Você tem tanta certeza assim?
Mais um sem noção.
Ora nobre jornalista qualquer um que tenha 3 neurônios e alguma dignidade sabe muito bem o motivo ….. $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$.
Alexandre Garcia sou seu fã de carteirinha, vc faz o papel profissional de um jornalista com mestria e imparcialidade, sorte nossa ainda termos um profissional como você!
Infelizmente nossas escolas desde o básico até as universidades, possuem na grande maioria um elenco docente fraco e militante.
O futuro é incerto e sombrio, a mídia é muito pobre d tendenciosa, já há muitos anos que busco qualidade nas informações, e nosso porto seguro é você e mais alguns poucos profissionais!
Parabéns continue sua excelência com mestria no que faz.
BRAVISSIMO, Jornalista Alexandre Garcia…
A imprensa somente busca cumprir os mandos dos seus donos. Pressionam o desgoverno para obter mais e mais regalias, MAIS PROPAGANDAS de estatais, mais bilhões para os cofres das empresas de descomunicação.
O mesmo acontece com congresso e tribunais, mais pressão no desgoverno significa maiores ganhos para si próprios.
O povo E A constituição QUE SE LASQUEM
Mas a verdade é que na maioria da população a doutrinação g4amscriana na escola não está funcionando tanto é que o Bolsonaro ganhou justo nas regiões mais cultas do Brasil e segundo a Paraná pesquisas a única que acertou nas pesquisas, nessas regiões o Bolsonaro ganhou inclusive entre os com mais escolaridade e entre os mais jovens, e igualmente a tentativa de manipulação da imprensa maestream está mais é significando, o abandono dessa imprensa por 49% da população.
E ainda mais 2% da população que só acredita em metade do que a imprensa maestream diz.
Nao concordo com o Alexandre. A velha imprensa nao se afastou dos fatos mas sim os distorce, usa meias verdades e esconde e trata de canalizar a opiniao publica para “x” ou “y”.
Pena que nao se espelhem no Alexandre e usem seu poder para o progresso e crescimento do pais.
Nao sabem o que significa informar. Imprensa podre e hipocrita.
E o povo distanciou’se da imprensa fajuta