Apesar da aclamação midiática ao redor do “bom velhinho” socialista (disfarçado de democrata) e conhecido pelo nome de Bernie Sanders, os estatísticos mostram que a matemática não está tão assim a seu favor.
No dia 18 de fevereiro, Nate Silver, do site FiveThirtyEight, fez a seguinte previsão de prováveis delegados a favor de cada candidato do Partido Democrata:
Average projected delegates through Super Tuesday:
Sanders 608 (41% of delegates thru March 3)
Bloomberg 273 (18%)
Biden 270 (18%)
Buttigieg 157 (10%)
Warren 127 (8%)
Klobuchar 55 (4%)https://t.co/JDz2dZ8bqR— Nate Silver (@NateSilver538) February 18, 2020
Isso deu a impressão – compartilhada pelo resto da grande mídia americana, em especial o The Washington Post – de que a vitória de Sanders seria inevitável.
Porém, Rick Moran, do site PJ Media, mostra que a peculiar situação interna do próprio Partido Democrata pode criar uma alteração insólita nos cálculos sobre os delegados.
Segundo ele, o “bom velhinho” precisaria ter uma vantagem de 15 pontos, no mínimo, para sair à frente do principal trio competidor – que, no caso, são o próprio Sanders, o ex-vice-presidente Joe Biden e o ex-prefeito de Nova Iorque Michael Bloomberg.
Apesar da alegria em torno da campanha de Sanders, o fato é que ele não está conseguindo financiadores que ainda se mostram preocupados com sua retórica combativa; e o mesmo ocorre com Biden, que está sendo eclipsada pela ascensão de Bloomberg (É certo que, após o debate de ontem à noite, este cenário pode mudar).
De qualquer maneira, numa corrida com doze candidatos, Sanders precisaria romper com o limite de 30%, algo que, com Biden e Bloomberg na jogada, torna-se improvável que aconteça.
Portanto, a matemática não favorece muito Bernie Sanders – uma consequência da falta de unidade que existe dentro do Partido Democrata e a qual não consegue sintetizar as forças que enfrentariam Donald Trump.