A eleição de segundo turno pela Prefeitura de São Paulo bateu novo recorde de abstenções. Com 100% das urnas apuradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número de eleitores que não compareceram às urnas chegou a 31,54%, somando 2.940.360 ausentes.
O índice representa o maior nível de abstenções em um segundo turno desde 1992, quando essa fase foi implementada nas eleições paulistanas. Os dados mostram que as abstenções foram superiores ao número de votos recebidos por Guilherme Boulos (Psol), que contabilizou 2.323.901 votos válidos (40,65%).
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Com esse resultado, o psolista ficou em terceiro lugar na corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo. Ricardo Nunes (MDB) saiu vitorioso, com o apoio de 3.393.110 eleitores, o que corresponde a 59,35% dos votos válidos.
Além do número de ausentes, a eleição também teve um total de 10,42% de votos inválidos, divididos entre brancos (234.193) e nulos (430.539). As abstenções deste segundo turno superaram o índice do segundo turno de 2020, quando a pandemia de covid-19 ainda impactava o comparecimento nas urnas.
Naquele ano, Bruno Covas (PSDB) foi eleito, com 59,38% dos votos válidos, equivalente a 3.169.121 votos. Seu oponente, Guilherme Boulos alcançou 40,62%, com um total de 2.168.109 votos.
Boulos mantém desempenho de 2020
Comparando as campanhas de Boulos em 2024 e 2020, seu porcentual de votos válidos foi praticamente igual. A diferença é que, neste ano, o candidato contou com apoio de Lula, além de uma campanha estimada em aproximadamente R$ 44,6 milhões.
Esse valor inclui doações de R$ 30 milhões provenientes do fundo eleitoral do Partido dos Trabalhadores (PT), disponibilizados depois da confirmação de Marta Suplicy como vice na chapa.
O restante do montante é composto de R$ 14 milhões do fundo do Psol, além de valores menores provenientes de doações individuais e de financiamento coletivo
Abstenções superiores em 5 zonas eleitorais
Algumas zonas eleitorais específicas apresentaram índices de abstenção notavelmente elevados, superando até o número total de votos em ambos os candidatos.
Na 1ª Zona Eleitoral, na Bela Vista, por exemplo, 58.765 eleitores deixaram de votar, número superior aos 47.210 votos recebidos por Boulos e aos 38.258 votos em Nunes.
Situação semelhante ocorreu na 2ª Zona Eleitoral, em Santa Ifigênia, onde as abstenções somaram 55.389, superando os votos individuais em ambos os candidatos.
Outras áreas, como Valo Velho (20ª ZE), Pinheiros (251ª ZE) e Campo Limpo (328ª ZE), também registraram abstenções que ultrapassaram o total de votos válidos. Em Campo Limpo, 59.812 eleitores deixaram de comparecer, enquanto Nunes e Boulos receberam 56.756 e 53.872 votos, respectivamente.
Cargos obsoletos. Volto 0 pra extinguir ou substituir os referentes…
Kkkk Terceiro lugar! Sacanagem!!! Kkkkkk
As eleições a cada dia vem demonstrado que não compensa votar porque, de um modo ou de outro, o eleitor é sempre ludibriado. Temos fundo eleitoral que atende mais ao poder do que a oposição, temos uma divisão desigual de valores que são pagos pelo contribuinte em detrimento de outros gastos muito mais importantes para o sociedade. Cada candidato deve, se for o caso, ter valores iguais para disputar, caso seja com dinheiro público, de outro modo, angariando verbas privadas há também compromissos que podem moldar ou tutelar o vencedor. De qualquer modo REPRESENTATIVIDADE é tudo QUE NÃO EXISTE. Assim cada vez temos menos oportunidade de sermos ouvidos e mais chances de continuarmos pagando mais e mais e obtendo sempre menos.