A defesa de Jair Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 20, a dispensa do depoimento presencial do ex-presidente na Polícia Federal (PF) para explicar uma suposta trama de golpe de Estado. Isso porque Bolsonaro informou que vai ficar em silêncio.
Moraes negou ontem um pedido dos advogados e subiu o tom ao entender que eles estariam ditando regras ao Poder Judiciário. No processo de hoje, a defesa classificou como “energética decisão” e buscou esclarecer as coisas.
“Inicialmente, cumpre-nos elucidar que, em momento algum, o peticionário intentou em decidir pela possibilidade ou não da realização da oitiva, tampouco pretendia escolher data e horário específicos”, ponderaram os advogados de Bolsonaro a Moraes. “Muito pelo
contrário. A petição foi clara em assegurar a genuína intenção do peticionário em
colaborar com as investigações em curso, bem como em prestar seu depoimento –
inclusive como forma de provar sua inocência.”
Justificativa do silêncio de Bolsonaro em depoimento
Adiante, os advogados disseram que Bolsonaro “apenas consignou que, no dia 22, faria uso do seu garantido e fundamental direito ao silêncio, complementando, para tanto, que tal silêncio se justificava pela falta de acesso a todos os elementos de prova”.
A defesa reiterou ainda que não teve acesso pleno aos autos. Dessa forma, o ex-presidente ficará em silêncio, quando estiver diante das autoridades da PF.
“Ante todo o exposto, uma vez que o peticionário fará uso do direito ao silêncio nos termos da presente manifestação, requer seja dispensado do comparecimento pessoal, conforme já discutido previamente com vossa excelência em outras oitivas, notadamente em virtude de preocupações relacionadas à logística e segurança apresentadas pela autoridade policial”, argumentaram os advogados Paulo Bueno, Fabio Wajngarten e Daniel Tesser.
Fosse o Bolso dava um cotoco para o cabeça de ovo e mandava CFUDê