A Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP) sofreu uma nova suspensão de seu perfil oficial no Instagram.
A AESP já tinha sofrido uma outra suspensão de seu perfil oficial no dia 30 de junho, logo após ter divulgado uma nota em defesa da liberdade de expressão. A nota não citava diretamente nenhuma emissora ou órgão público, mas foi publicada logo após o pedido do Ministério Público Federal (MPF) de cassar as concessões de radiodifusão da rede Jovem Pan.
“A Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo – AESP entende ser bastante preocupante qualquer tentativa de suprimir ou impossibilitar o livre exercício da manifestação do pensamento e repudia qualquer medida que se destine a calar as vozes dos radiodifusores“, consta na nota da AESP.
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Assim como naquela ocasião, essa vez também o Instagram simplesmente não forneceu nenhuma explicação para a suspensão da conta.
Presidente da AESP diz que foram tomadas medidas judiciais cabíveis
Para o presidente da AESP, Luiz Arthur Abi Chedid, o Instagram simplesmente apresentou uma tela onde informava “não permitir que os usuários tentem obter curtidas, seguidores, compartilhamentos ou visualizações em vídeos de maneira enganosa”.
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“A AESP em conjunto com o seu escritório de advocacia, Vieira Ceneviva Sociedade de Advogados, estudam as possíveis ações que poderão ser tomadas, pois não podemos tolerar nenhuma imposição de censura inconstitucional”, explicou Chedid à Oeste.
Censura do Instagram gerou solidariedade entre emissoras
Segundo o empresário, desde a primeira suspensão “inúmeras emissoras e entidades se solidarizaram conosco”.
Para Chedid o episódio ” é preocupante e alarmante”. “Lamento que, apesar de termos lutado pela democracia em nosso país, ainda precisamos dedicar tempo para debater e discutir sobre esse tema. É a segunda vez em menos de uma semana que sofremos esse tipo de bloqueio. Bloqueando a conta do Instagram da AESP, indiretamente estão fazendo com as mais de 980 emissoras espalhadas em todo o nosso estado, indo contra a nossa democracia“.
“Como reflexão, fica a lição de que se informar através das redes sociais tem se demonstrado algo não tão seguro, pois estas, infelizmente, não têm um controle adequado para separar comentários abusivos de depoimentos constitucionais e lícitos e até mesmo lidar com o contraditório. Portanto, recomendo que aqueles que desejam se informar busquem fontes mais confiáveis, como as emissoras de rádio e TV associadas à AESP, que possuem um processo de verificação prévia e desfrutam de credibilidade estabelecida”, clonclui Chedid.