Os dois ministros são apontados como responsáveis por problemas enfrentados pelo presidente Jair Bolsonaro
Integrantes do Palácio do Planalto afirmam que os membros da chamada “ala ideológica” do governo já escolheram seus novos alvos: o ministro da economia, Paulo Guedes, e o ministro-chefe da Secretaria de Governo general Luiz Eduardo Ramos.
Ambos estão sendo alvo de críticas nos bastidores pela forma benevolente com a qual tratam o Congresso Nacional e os chamados “políticos profissionais”. No caso específico de Guedes, a chamada ala ideológica do governo defende que o ministro poderia ser mais efetivo em suas ações para dinamizar a economia brasileira. Sobre Ramos, os ideólogos do governo reclamam que ele foi complacente com o Congresso no processo de análise dos vetos do chamado orçamento impositivo. A ala ideológica do governo imaginava que o presidente teria condições de manter o veto e, assim, garantir o controle integral de aproximadamente R$ 30 bilhões do orçamento de 2020.
Coincidência ou não, o filho do presidente, Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), fez duas postagens no domingo, 8, e nesta segunda-feira, 9, que foram interpretadas como provocações aos dois. Na primeira, o vereador afirmou que “o Presidente está sendo propositalmente isolado e blindado por imbecis com ego maior que a cara”. Esta frase é apontada por membros do Planalto como uma provocação a Ramos.
Já um outro post, nesta segunda-feira, foi visto como provocação a Guedes. Ao final de um vídeo citando “o vale cinzento da razão”, um narrador faz a seguinte pergunta: “liberalismo, cê curte”? Guedes é visto como o maior defensor do liberalismo dentro do governo federal.