O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou, nesta quarta-feira, 7, que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que refinancia as dívidas partidárias das legendas que descumpriram a cota de repasse de recursos a negros e pardos será apreciada pelo colegiado na quarta-feira 14.
Ele disse ainda que apresentará um requerimento de urgência para que o texto vá para o plenário no mesmo dia e que fará um apelo ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que o texto seja apreciado em dois turnos de uma só vez.
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Durante a sessão desta manhã da CCJ, Alcolumbre designou ainda o senador Marcelo Castro (MDB-PI) como relator da proposta. A PEC da Anistia tem o apoio amplo do PT ao PL. Inicialmente, o texto anistiava o não cumprimento dessas multas, mas um novo relatório propôs que os valores referentes a cotas sejam pagos, de forma retroativa, a partir de 2026 nas quatro eleições subsequentes.
O texto ficou conhecido como PEC da Anistia em virtude da versão anterior do relatório. A votação na Câmara só foi possível após um acordo firmado com o Senado, que era contra os termos iniciais da proposta. A PEC define também um porcentual de 30% de recursos para negros e pardos, porém, “nas circunscrições que melhor atendam aos interesses e às estratégias partidárias”, ou seja, isso ficará a cargo de cada partido definir.
Atualmente, o TSE estipula uma regra de acordo com a proporção de candidatos, o que representou cerca de 50% no ano passado. O texto ainda cria imunidade tributária a partidos, institutos ou fundações. Segundo a matéria, a aplicação de qualquer recurso em candidaturas de pessoas pretas e pardas realizadas pelos partidos nas eleições que aconteceram até a promulgação da proposta — que deve ocorrer neste ano depois de passar pelo Senado — será considerada cumprida.
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Foi adicionado, no entanto, um trecho que prevê que a eficácia do dispositivo mencionado acima será condicionada ao pagamento dos valores dessas cotas a partir de 2026, considerando as quatro eleições posteriores. O texto, porém, não menciona o que acontecerá com as multas que os partidos teriam de pagar por não cumprimento das cotas inicialmente.
A mudança no parecer se deve a uma articulação da federação do PT. Durante a votação, a deputada federal Dandara (PT-MG) explicou que o acordo contou com o apoio de vários partidos. Apesar disso, o Novo, o Psol e a oposição orientaram voto contra o texto. O PL e o PT estão entre os partidos favoráveis ao texto.
Inicialmente, o relatório ainda colocava limites ao TSE no que se refere à criação de normas sobre “políticas afirmativas” às minorias. Mas, no parecer final, o relator, deputado Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), removeu esse trecho.
PEC da Anistia: imunidade tributária, cotas e Refis
O texto fixa em 30% os recurso destinados a candidaturas de pessoas pretas e pardas. Inicialmente, o porcentual era de, no mínimo, 20%. Agora o porcentual de 30% valerá para as eleições municipais deste ano se a PEC da Anistia for promulgada em 2024.
O relatório novo dispensa a emissão de recibo eleitoral nas doações do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário feitas por transferência bancária pelas legendas aos candidatos. Isso valerá ainda para doações via Pix.
Inicialmente, o texto impedia a punição para quem descumprisse a cota de 30% de gênero — mais usada para mulheres. Contudo, o relator retirou esse trecho.
O texto deixa também de responsabilizar os partidos por falhas nas prestações de contas. Na última versão da matéria divulgada, o relator incluiu alguns dispositivos que regulamentam um programa de refinanciamento das dívidas dos partidos e que concede imunidade tributária às legendas.
Segundo o relator da Câmara, Antônio Carlos Rodrigues (PL-SP), a ideia é “reforçar” a imunidade tributária, que, na prática, cancela as “sanções aplicadas e os processos em curso que desrespeitam esse princípio constitucional, especialmente em casos em que a ação de execução supera o prazo de cinco anos, assegurando justiça e equidade”.
O novo texto propõe ainda a criação de um Programa de Recuperação Fiscal (Refis) direcionado a partidos políticos. O Refis é um benefício para o pagamento à vista ou parcelado de dívidas e multas. A ideia é “facilitar a regularização de débitos tributários, e não tributários, excluindo juros e multas acumulados e permitindo o pagamento dos valores originários com correção monetária em até 180 meses”.
A PEC da Anistia também prevê que os partidos usem recursos do Fundo Partidário para parcelar multas eleitorais e sanções/débitos que não estejam relacionados às eleições.
O projeto, anteriormente, estabelecia prazo para os repasses do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e do Fundo Partidário às cotas de gênero e raça, mas o relator tirou esse trecho do parecer final.
A pergunta que não quer calar: Para que servem os parlamentares? O que fazem para o bem do povo?
Gente do cão, câncer da sociedade.
Tudo neste Brasil é uma imundice. Anistiar partidos que cometeram irregularidades, que não pagaram o que deviam ter pago e ainda por cima financiarem dívidas passadas através de um REFIS particular sem multas, correções monetárias. Brasil dos políticos e dos ministros do STF.
Enquanto isso, o membros do judiciário brasileiro impõem o cárcere a presos políticos.
Senhores parlamentares, quando pautarão o PL ANISTIA para os presos que ousaram criticar o regime de exceção que se abateu sobre o Brasil?