O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias a investigação que mira o Google e o Telegram por campanhas contra o Projeto de Lei (PL) das Fake News.
O inquérito foi aberto em maio, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo Moraes, ainda há diligências pendentes. “Encaminhem-se os autos à Polícia Federal para a continuidade das investigações”, despachou o ministro.
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A decisão atendeu a um pedido da vice-procuradora-geral da República, Ana Borges, número dois da PGR. No mês passado, quando a investigação estava prestes a expirar, Ana Borges pediu mais tempo para concluir o inquérito.
A única pendência é o depoimento do representante legal do Telegram no Brasil. Em um primeiro momento, as autoridades intimaram o CEO do aplicativo, Pavel Durov, que não compareceu ao depoimento por videoconferência.
O Telegram informou que não tem escritórios ou empregados fora dos Emirados Árabes, onde mantém sua sede, e que prestaria informações por escrito ou por meio dos advogados contratados no Brasil.
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A PGR afirma que as informações compartilhadas não foram suficientes e que o aplicativo precisa indicar alguém para prestar depoimento.
“A despeito das informações prestadas pela empresa Telegram, revela-se necessária a oitiva do representante da empresa, em especial para que preste informações acerca do responsável pelas decisões corporativas, relacionadas à veiculação das mensagens de conteúdo político em território brasileiro”, argumentou a vice-procuradora.
A delegada Kamila Monteiro Maestri, responsável pela investigação, também pediu a prorrogação. É a segunda vez que o inquérito é estendido.
Assim como Moraes, Lira quer investigar as big techs
Foi o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), quem procurou a PGR para pedir uma investigação das big techs, depois que as empresas reagiram abertamente ao PL das Fake News
O Telegram disparou, para milhões de usuários, um manifesto contra o projeto de lei. A mensagem chamava a proposta de “desnecessária” e dizia que ela “concede poderes de censura ao governo”.
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Já o Google exibiu em sua página inicial uma mensagem de alerta contra o PL. Os usuários que clicavam no link eram direcionados para um artigo de opinião do Diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda, que acusava o texto de “aumentar a confusão entre o que é verdade e mentira no Brasil”.
Lacerda e outros representantes da empresa já foram ouvidos pela PF. Eles informaram que o Google gastou R$ 2 milhões em anúncios sobre o projeto de lei, mas negaram que o objetivo fosse pressionar parlamentares a votar contra o texto.
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado