Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, acreditam que o desentendimento público entre os dois pode prejudicar a legenda. Isso porque haverá eleições municipais neste ano.
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Desde a declaração de Bolsonaro sobre uma possível “implosão do partido”, os aliados tentaram “acalmar” a situação.
Conforme o jornal Folha de S.Paulo, pessoas próximas dos políticos disseram que eles têm opiniões diferentes sobre quais serão algumas chapas e posicionamentos do PL nas eleições municipais.
Aliados alertam para “exploração” de adversários políticos
Com uma eventual briga pública, as alianças formadas pelo PL podem ser severamente prejudicadas. Além disso, adversários políticos podem explorar as divergências internas na sigla.
Por exemplo, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) compartilhou em suas redes a entrevista em que Valdemar tece elogios a Lula, o que provocou a irritação de Bolsonaro.
Outro político que pode se aproveitar da situação é Guilherme Boulos (Psol), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.
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Uma relação turbulenta entre Bolsonaro e Valdemar pode fazer com que o ex-presidente não consiga fortalecer a candidatura de Nunes à reeleição. Também há o receio de que Bolsonaro indique o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) a ser candidato por outro partido, o que dividiria os votos da direita na cidade.
Direita versus centrão
Historicamente, o PL é mais ligada ao centrão. No entanto, a chegada de Bolsonaro transformou o partido na maior bancada da Câmara dos Deputados, com grande influência da direita.
De acordo com a Folha, uma das consequências foi o aumento das divergências internas, geralmente entre a “direita recente” e os parlamentarem que já eram ligados ao PL antes da transformação ideológica.
A direita planeja lançar o maior número de candidatos próprios possível. Valdemar, porém, busca alianças com partidos de centro e também advoga por nomes do PL com maiores chances eleitorais.
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Outra divergência é sobre quem deve concorrer pelo cargo de prefeito em Goiânia. Enquanto Bolsonaro aposta no ex-deputado federal Major Vitor Hugo, Valdemar defende o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO). O parlamentar em atividade deve ser o escolhido.
Bolsonaro já disse que a palavra final na escolha dos candidatos é de Valdemar. “Por vezes, engulo um candidato do Valdemar, e ele engole um candidato meu”, disse o ex-presidente, em novembro.
Nos bastidores, aliados dizem que a declaração de Bolsonaro resume a relação de ambos. Mesmo com as discordâncias, eles buscam dividir as cidades relevantes para cada um.
Estêvão Júnior é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob a supervisão de Edilson Salgueiro
Este cara, Valdemar Costa Neto, é tão confiável, quanto uma nota de 3 reais….
Essa Valdemar é um cretino, seu partido é puxadinho do governo, salvo os bolsonaristas, que deveriam, na próxima janela, trocar de partido, para que a população possa separar os corruptos do Capitão e seus apoiadores. Aposto que Michele leva junto a maioria das integrantes do PL Mulher.
Como observador, é possível concluir que já a muito tempo não há diferença na forma como diferentes siglas políticas conduziam os negócios do governo. O jogo continua o mesmo: “sempre se tratou de favores e amigos”, e de quem controla o dinheiro. Os rótulos partidários são apenas uma forma de acompanhar os times; os problemas são principalmente fumaça e espelhos. Ninguém acredita em nada, exceto em manter-se no poder, custe o que custar.