O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira, 1º, que vai adiar, por tempo indeterminado, a votação do arcabouço fiscal. A decisão foi tomada durante reunião com lideranças partidárias da Casa.
Durante o encontro, líderes voltaram a criticar a articulação política do governo — em especial, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — e questionaram se deveriam manter o apoio às pautas de interesse do Planalto na Câmara.
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Líderes partidários alegam que é problemática a participação de outras siglas em cargos do governo, principalmente no que diz respeito à composição ministerial.
Parlamentares queixaram-se a Lira sobre a falta de diálogo com o petista em relação ao tema. Por isso, resolveram travar a votação do projeto encabeçado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Lira concordou com os líderes partidários sobre as observações em relação a Lula. Um encontro entre o petista, o presidente da Câmara e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pode ocorrer nos próximos dias. A ideia é justamente aparar as arestas.
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Responsável pela articulação política do governo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também é citado por membros do Parlamento como uma pessoa de difícil acesso.
Aprovação da nova regra fiscal depende de Arthur Lira
A nova regra fiscal havia sido aprovada na Câmara dos Deputados e encaminhada ao Senado. No entanto, em virtude das alterações no texto, que ocorreram em junho, a matéria retornou para mais uma rodada de análise e votações.
A proposta, que vai substituir o atual teto de gastos, aprovado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, é essencial para a construção do Orçamento da União de 2024.