Prevista para ser instalada na terça-feira 12, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem ainda não possui no quadro de membros os senadores do Partido dos Trabalhadores (PT).
No Senado, a sigla faz parte do Bloco Resistência Democrática, composto também de Rede, PSB e PSD. Ao todo, o bloco possui quatro cadeiras de titulares e dois na suplência. Os demais partidos já indicaram seus membros, restando apenas as duas indicações do PT, sendo um senador titular e um suplente.
A Oeste, a equipe do líder do partido no Senado, Fabiano Contarato (ES), confirmou que os nomes não foram enviados. Inicialmente, a ideia do PT era segurar a instalação da CPI da Braskem sem indicar os nomes dos membros.
Contudo, na semana passada, os líderes partidários iniciaram a fase de indicações, viabilizando a instalação do colegiado amanhã com ou sem o PT. Caso o partido não tenha nomes para indicar, pode ceder as vagas aos demais partidos do bloco.
Durante a coleta de assinaturas para a criação da CPI, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), orientou a bancada a não assinar o requerimento da comissão. Apenas o senador Paulo Paim (PT-RS) assinou o documento.
O governo do presidente Lula tem receio de que as investigações da comissão atinjam a Petrobras e a Novodor, antiga Odebrecht. Ambas as estatais possuem grande parte das ações da Braskem. O governo também tenta vender a Braskem, e a CPI pode dificultar a transação.
Partidos indicam nomes para a CPI da Braskem
Como mostrou Oeste, ao todo, os líderes partidários já indicaram nove dos 11 membros titulares da CPI da Braskem, sendo eles: Renan Calheiros (MDB-AL), Efraim Filho (União Brasil-PB), Cid Gomes (PDT-CE), Rodrigo Cunha (Podemos-AL), Omar Aziz (PDT-AM), Jorge Kajuru (PSB-GO), Otto Alencar (PSD-BA), Wellington Fagundes (PL-MT), Eduardo Gomes (PL-TO) e Dr. Hiran (PP-RO).
Dos sete suplentes que a CPI terá, apenas seis nomes foram indicados, sendo: Magno Malta (PL-ES), Fernando Farias (MDB-AL), Cleitinho (Republicanos-MG), Jayme Campos (União Brasil-MT), Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Angelo Coronel (PSD-BA).
Aziz é um dos nomes que podem presidir a comissão. Renan deve pleitear a relatoria ou presidência da CPI, pois foi quem teve a iniciativa do colegiado. Após a instalação, os membros elegem um presidente, que escolhe o relator. Antes da primeira sessão da CPI, alguns senadores devem se reunir no gabinete de Aziz.
A ideia é que os trabalhos sejam retomados em fevereiro de 2024. O prazo inicial dos trabalhos será de 120 dias.
O colegiado pretende investigar a Braskem, que foi a responsável pela extração de sal-gema que ameaça desabar em Maceió, capital de Alagoas. A comissão pode tornar alvo o prefeito da cidade, João Henrique Caldas (PL), que pretende tentar a reeleição no próximo ano.
Caldas também é aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que rivaliza com Renan em Alagoas.
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Atualizado em 11/12/2023, às 15:58
Pronto… já vão querer convocar o Bolsonaro….